A comunidade de São João tem se consolidado como um lugar de acolhimento e valorização das tradições da Serra. Com um potencial turístico crescente, a região reúne produções que vão desde vinhos e espumantes até mel, queijos e flores comestíveis. Um dos expoentes desse movimento é a Vinícola Madre Terra, que tem buscado unir enoturismo e sustentabilidade para fortalecer a identidade da comunidade.
A diretora criativa da vinícola, Tainá Zaneti, destaca o desafio e a satisfação de transformar o local em um espaço aberto para experiências.
— A Madre Terra já existe como propriedade há 20 anos. Era outra vinícola, de outra família, mas permanecia sempre fechada. Nosso grande desafio tem sido converter uma propriedade que era muito bonita em um espaço de enoturismo. Desde que chegamos, fomos muito acolhidos e abraçados pelos nossos vizinhos. Inclusive, a gente faz questão de ter colaboradores de São João. Temos gente da nossa equipe que é daqui da comunidade e também buscamos comprar ingredientes para as nossas experiências de enogastronomia, como é o caso dos morangos e das flores comestíveis — conta.
Além do vinho, a região tem um grande potencial para o turismo, com diversas produções locais.
— A comunidade tem um potencial enorme para virar uma rota turística. Temos uma vinícola que é nossa vizinha, produção de morango, produção de mel, produção de flores e brotos comestíveis, temos cavalos, queijos e manteigas… então, temos muitas possibilidades para nos transformarmos numa rota turística, nos abraçando e nos ajudando para que a gente possa se apoiar e crescer juntos.
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Conexão com a natureza
Um dos pilares da Madre Terra é o compromisso com a sustentabilidade. A agricultura regenerativa é uma das práticas adotadas, garantindo respeito ao meio ambiente e promovendo o desenvolvimento sustentável.
— A Madre Terra decidiu seguir a agricultura regenerativa porque entendemos que não fazia sentido morarmos aqui com uma agricultura convencional. A gente busca atingir o desenvolvimento sustentável. Buscamos equidade de gênero, energia limpa e tudo o que podemos fazer para manter a diversidade do nosso espaço — detalha a diretora criativa da vinícola.
A propriedade, que abriga mais de 500 árvores de 80 espécies diferentes, reflete esse compromisso ambiental. O cuidado com a terra e a biodiversidade se traduzem em um ambiente onde cada detalhe é pensado para proporcionar experiências autênticas aos visitantes.
O espaço oferece uma série de experiências voltadas para o enoturismo e a enogastronomia, criando momentos inesquecíveis para quem visita São João.
— Estamos sempre abertos por meio de reservas. Temos a experiência de meditação e vinho, nossos almoços harmonizados aos sábados e o brinde no barco, que é um passeio em um dos nossos lagos em que a pessoa ganha uma tábua com uma seleção de delícias e um espumante.
— Também temos a degustação e a experiência “Cozinhar, Beber e Comer”, em que a pessoa tem a oportunidade de ser chef por um dia. A comunidade está sempre envolvida e convidada para vir. Fazemos muitos eventos para envolver a comunidade de São João, trazendo pessoas para expor suas artes ou vender seus produtos — destaca.
A presença de produtos locais e a participação dos moradores ajudam a fortalecer laços e criar novas oportunidades.
— Estamos fazendo um investimento muito alto, não só financeiro, mas em termos de capital educacional, cultural e gastronômico. A gente acredita que a nossa proposta traz visibilidade para a comunidade de São João e novas maneiras de pensar, agir e atuar. O nosso espaço é excelente para atrair turistas. Com certeza, isso abre caminhos para que possamos desenvolver a comunidade tanto econômica quanto socialmente — finaliza Tainá Zaneti.
