Último dia para aproveitar o 20º Rodeio Crioulo Nacional de Flores da Cunha

Calça tua bota, veste a bombacha, prepara o mate e “te aprochega” que ainda dá tempo de aproveitar as atrações do 20º Rodeio Crioulo Nacional de Flores da Cunha, no Parque de Eventos Antônio Dante Oliboni.

A programação iniciou nesta sexta-feira (11) pela manhã, com provas de laço, e seguiu noite adentro com as gineteadas e o show de Luiz Paulo e Grupo Vanerão. Neste sábado (12) a agenda artística do evento reuniu competições de dança, gaita, declamação, chula e o show do grupo Garotos do Fandango. A campeira teve sequência com as provas de laço e as gineteadas.

Quem está aproveitando o fim de semana para participar das competições campeiras é o caxiense André Macedo, 55 anos, que representa o CTG Velho Mateus.

– Venho todos anos (no rodeio de Flores) e laço em todas as modalidades que tem, como quarteto e pai e filha – conta o construtor, que está transmitindo a tradição herdada do avô para a filha, Gisele Macedo, de 21 anos, que acompanha o pai nas provas de laço.

Macedo, que participa das competições com seu cavalo, Destemido, avalia a estrutura do evento florense como positiva:

– Está bem organizadinho, bem bom. E está muito difícil hoje para quem faz o rodeio, para quem coloca o gado é muito caro, então não tem muito que falar, ele está dentro dos bons rodeios – argumenta, acrescentando que a filha e ele estão na expectativa para a final deste domingo (13).

Sentimento que é compartilhado por Márcia Machado, 57 anos, e Ana Júlia Moreira Liposki, 11 anos. Avó e neta mantém acesa a chama do tradicionalismo por meio da declamação.

– Somos de São Marcos, do CTG Tio Carlo, e a entidade participa todo o ano. Essa é a segunda vez que eu venho aqui (em Flores) e estou achando tudo bem legal, muito bom – conta a enfermeira aposentada.

Márcia explica que a neta e ela vieram para competir na declamação:

– Nosso CTG tem a Invernada Mirim e a Invernada Adulta, também tem gente que participa das declamações e do canto. A expectativa é de que neste domingo (13) a Mirim levante um troféu e que alguém da declamação possa também levar um troféu – empolga-se, complementando que no ano passado o CTG conquistou um troféu na declamação.

Mas o rodeio não atrai apenas competidores, pessoas que vão para prestigiar o evento e perpetuar a tradição também fazem parte do público.

Este é o caso de Lorivan de Oliveira, 48 anos, que levou a filha, Manuela de Oliveira, 4 anos, para acompanhar de perto as atrações artísticas e campeiras.

– Nós viemos mais para acompanhar e acho importante trazer os pequenos para dar sequência ao nosso Rio Grande. Hoje está se perdendo a tradição, então conseguir trazer as crianças para o evento, a gente acaba levando eles para esse meio e isso é bom. Aqui é um lugar bom para reunir a família e ela (filha) gosta, estava me pedindo até agora para andar a cavalo.

Oliveira vê a organização do evento como positiva, contudo lembra que costumava frequentar o rodeio com mais frequência há alguns anos.

– Nós vínhamos mais para os rodeios quando tinha as casinhas naquela parte do mato, depois nós paramos. Agora estamos começando a vir de novo e vamos continuar se conseguirmos os terrenos aqui no lado de cá porque onde colocaram a parte do acampamento (no Camping) ficou muito ruim, ficou afastado da campeira e acho que não fica um clima de rodeio lá – pondera.

O 20º Rodeio Crioulo Nacional de Flores da Cunha é promovido pelo CTG Galpão Serrano, com apoio da prefeitura municipal. A entrada custa R$ 10, com direito a acesso ao lonão.