Pouco mais de dois meses após a última visita à Terra do Galo, o deputado estadual Neri, o Carteiro (PSDB), voltou à Flores da Cunha. O motivo principal da passagem foi esclarecer os próximos passos da aguardada reforma da Escola Estadual Professor Targa, orçada em cerca de R$ 3 milhões. Apesar de o investimento ainda não ter saído do papel, o parlamentar afirma que o processo avançou, ele ainda detalhou à direção da escola, uma das mais tradicionais do município, o que já foi feito até o momento.
Pré-candidato à reeleição, Neri tenta pela terceira vez uma vaga na Assembleia Legislativa. Durante a agenda em Flores da Cunha, ele também visitou o Hospital Fátima e a APAE. Confira os principais trechos da entrevista ao O Florense.
O Florense: O que lhe trouxe à Flores da Cunha?
Neri, o Carteiro: Tem cerca de dois meses que estive em Flores da Cunha, a pedido da diretora Andreia (Pegoraro), para acompanhar a situação da reforma da escola Targa. Visitei o local, conversei com a equipe e vi de perto como a obra estava enrolada. É uma reforma de grande porte, que exige muitos cuidados. Segundo a Secretaria de Obras do Estado, trata-se de uma obra prioritária para o governo, com investimento de R$ 3 milhões. Neste momento, estamos naquela fase em que a empresa interessada apresentou um orçamento detalhado da reforma. São muitas frentes de trabalho: cobertura do ginásio, parte elétrica, pintura, troca do telhado, além da construção de uma torre para instalação de um reservatório de água. Tudo isso está sendo analisado com atenção pelo coordenador da 4ª CROP (Joel Vargas da Silva), que já está com a documentação em mãos e deve concluir essa avaliação nos próximos dias. Assim que esse parecer for finalizado e estiver tudo certo, será marcada a assinatura do contrato e, em seguida, emitida a ordem de início da obra. Hoje, estou indo ao Targa justamente para atualizar a direção sobre essas etapas. Depois do Targa, ainda cumpro agendas no Hospital Fátima e na APAE.
O senhor é deputado em segundo mandato. Pensa em disputar uma vaga em Brasília?
Eu fui duas vezes vereador em Caxias, estou no segundo mandato como deputado estadual e sou pré-candidato à reeleição. Quero muito um dia ser deputado federal, mas preciso “ter perna” para isso e, ainda acho que não tenho, muitas vezes não é o nosso querer, é o escutar a voz das ruas e, para me credenciar a uma eleição à deputado federal tem que ter uma votação muito expressiva. Para federal é no mínimo uns 80 mil votos.
Que leitura o senhor faz do cenário atual do PSDB diante das eleições que se aproximam?
Eu vejo que essa eleição será diferente. O PSDB diminuiu muito seu tamanho. Tinha 29 deputados federais e hoje estamos com 13. O partido encolheu em nível nacional, ainda que, a nível estadual, tenhamos crescido, muito por conta da figura do governador Eduardo Leite. Com a saída dele, nossa ideia é de que o partido enfraqueça. Existe uma tendência de que muitos deputados acompanhem o governador e migrem para o PSD. Inicialmente, havia a especulação de que o partido iria fazer uma fusão com o Podemos, mas não houve um acordo porque o Podemos queria assumir composições e nós achávamos que poderia haver uma rotatividade, cada ano um partido.
Na sua visão, a Serra conta com deputados suficientes para defender os interesses da região na Assembleia?
Eu sou muito bairrista. Não que não sejamos deputados dos 497 municípios, mas quando discutimos projetos nas mais diversas áreas, como na Comissão de Saúde, passam pautas de todo o Estado. Quando solicitado, visito outras regiões que não a Serra gaúcha, mas temos que fortalecer nossa região de origem, região esta que nos coloca como representantes. Vejo que quanto mais cadeiras na Assembleia, maior a força política, o que é de extrema importância, sobretudo na hora de distribuir recursos. Nosso papel, enquanto deputado, dentre outras atribuições, é também o de articulação política para que o recurso chegue aos nossos municípios. Se não tivermos deputados que representem as pautas da Serra, o recurso não vai vir para cá.