Vancarlos Oro, 40 anos, é servidor público há 15 anos e, neste mandato, assumiu a Secretaria de Agricultura de Nova Pádua. Durante sua trajetória, coordenou o transporte e os motoristas da Unidade Básica de Saúde (UBS), o que o aproximou da rotina e das demandas da população.
Agora, à frente de uma das pastas mais estratégicas do Pequeno Paraíso Italiano, ele lidera iniciativas como o incentivo às horas-máquina para os agricultores, ações de educação ambiental e a reestruturação do Programa de Desenvolvimento Avícola (PIDA). Em entrevista ao jornal O Florense, Oro falou sobre os principais desafios enfrentados no início da gestão e sua visão sobre o equilíbrio entre turismo e agricultura no futuro do município.
O Florense: Quais as principais ações da Secretaria até agora? Vancarlos Oro: A nossa principal atividade na Secretaria é o incentivo às horas-máquina, tão solicitadas pelos nossos agricultores. É importante citar também a abertura de bueiros nas estradas, que era outra demanda dos paduenses e que estamos realizando aos poucos. Ao longo do ano, promovemos campanhas importantes relacionadas ao meio ambiente, porque a Secretaria de Agricultura caminha junto com a sustentabilidade. Fizemos campanhas de incentivo ao descarte correto do lixo e visitamos as escolas para conscientizar os nossos alunos.
O crescimento do turismo pode tirar espaço da agricultura em termos de investimento? A agricultura ainda é a principal fonte de renda do nosso município. É o nosso carro-chefe e o que, hoje nos dá maior retorno financeiro. Precisamos cada vez mais fortalecer essa área. O turismo vem para agregar e certamente vai crescer muito em Nova Pádua. Há espaço para as duas áreas, as duas podem caminhar lado a lado.
Quais ações pretende executar até o final do mandato? A nossa principal ação hoje é subsidiar horas máquina para os nossos agricultores, além de reestruturar o PIDA (Programa de Desenvolvimento Avícola). Boa parte da renda do município vinha dos aviários. Tínhamos em torno de 80 e agora, aproximadamente, 40. A ideia é dar um incentivo maior para aqueles que já possuem aviários, uma vez que a demanda por novos está bem baixa. Queremos incentivar as pessoas que ainda têm aviários para que não desistam.
Quais foram os principais desafios da pasta? A gente teve uma chuva de granizo logo no início do mandato, que nos trouxe prejuízos. Com a matriz econômica de Nova Pádua, quando o agricultor perde a sua produção, automaticamente o município também perde. Houve também uma demanda dos agricultores relacionada à médica veterinária e aos atendimentos, já que alguns não eram prestados pela secretaria. Logo no início, fizemos uma reunião com a médica veterinária do município, que nos relatou que, desde a gestão passada, havia falta de alguns medicamentos e equipamentos para os atendimentos. Repassamos ao prefeito Kiko uma listagem de materiais para que os atendimentos possam ser feitos. Até então, se um agricultor vinha até nós com um cachorro com espinhos de ouriço, por exemplo, não tínhamos a medicação. Pedimos ao prefeito que faça essa licitação para a compra.
Que legado o senhor quer deixar para a agricultura de Nova Pádua? Eu quero deixar um legado de honestidade e responsabilidade. Entregar um serviço de qualidade aos nossos agricultores, independentemente de sigla partidária. A agricultura hoje, querendo ou não, como disse anteriormente, é o nosso carro-chefe. A gente tem que preservar e dar continuidade aos trabalhos que estão sendo feitos, e sempre há espaço para aprimorar.
