Home Destaque Selo “Feito na Serra Gaúcha” impulsiona projetos de moda de Flores da Cunha

Selo “Feito na Serra Gaúcha” impulsiona projetos de moda de Flores da Cunha

Consultoria do Sebrae apoia ateliês a otimizarem processos e tornarem suas marcas competitivas

 (Foto: Sohfia Marcon Fiorese)

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) possui um atendimento especializado para negócios no setor de moda. Na Serra, a gestora responsável é Fabiana Zin, que soma quase duas décadas de experiência na criação e gestão de estratégias voltadas ao desenvolvimento econômico e social.

Uma das ações reconhecidas do Sebrae-RS é o projeto “Feito na Serra Gaúcha”, que tem como objetivo tornar as marcas referência em identidade local, destacando a originalidade na criação de produtos da região e fortalecendo as mercadorias e a comunicação das empresas. Os participantes recebem um selo com o nome do projeto para aplicar em suas produções, o que agrega credibilidade e valor às marcas, fortalecendo a imagem da região.

Além disso, o projeto oferece mentoria nas áreas de criação, identidade e comunicação. Sobre esta consultoria individual, Fabiana explica que o início é sempre com um diagnóstico para entender as necessidades da empresa:

— Começa com uma conversa com escuta técnica para entender qual o modelo do negócio, qual o produto, como ele é produzido, para quem vende, como vende e qual a visão de futuro da marca. A partir desse resultado, fazemos uma proposta de um plano de ação, sugerindo prioridades e analisando junto com o empresário essas prioridades.

Os consultores do Sebrae acompanham todo o processo de evolução com intervenções técnicas em todas as áreas das empresas: ideia de negócio, planejamento, gestão, marketing, design e mercado.

Fabiana aponta que o formato de empresas que procuram a consultoria do Sebrae mudou nos últimos 15 anos, com novos modelos de negócios surgindo, como ateliês de moda independentes:

— O setor da indústria da moda se transformou nestes últimos 15 anos, com a redução do número de indústrias com toda a produção integrada. Elas iniciaram um processo de terceirização da mão de obra e facções surgiram para dar conta da produção dessas marcas. Assim, novos modelos foram aparecendo, como pequenos ateliês de moda autoral, tornando a força da criação mais evidente e a busca por direcionar o posicionamento para produtos com valor agregado e design diferenciado, além de um olhar para a sustentabilidade.

Desta forma, na última década, a maioria das empresas que procuraram Fabiana eram ateliês. A demanda deixou de ser processo produtivo e passou a ser competitividade de marca, conforme explica a especialista.

Na Serra, a sede da consultoria empresarial fica em Caxias do Sul. No ano passado, o Sebrae realizou mais de 31 mil atendimentos a pessoas físicas e jurídicas, contemplando 17.643 pequenos negócios e 28.014 estudantes. O serviço possui parceria com a Sala do Empreendedor da prefeitura florense.

“Transformar a história da marca em conteúdo”

Fabiana Zin é psicóloga e possui especialização em comportamento humano e organizacional pelo IBGEN. Como analista do Sebrae, ela atuou recentemente no desenvolvimento de três marcas florenses D’águia, BBVA e Moni.

Para quem deseja empreender no ramo da moda, Fabiana dá dicas de como trabalhar em um mercado tão competitivo:

Fabiana Zin, do Sebrae Foto: Carla Souza, divulgação

— O primeiro passo é entender o comportamento do consumidor antes de qualquer movimento de investimento, com olhar para a sustentabilidade. Após isso, pensar em algo que faça sentido para quem está por trás da marca; pensar na marca e não em um produto apenas, como transformar a história da marca em conteúdo próximo do consumidor ou do mercado que deseja atingir. Fazer um planejamento o mais completo possível de tempo, recursos e pessoas; e acompanhar a gestão, ter os números na mão para tomar decisões assertivas e criar estratégias a partir de tudo isso!

Não é um trabalho simples, por isso mesmo o Sebrae disponibiliza a consultoria para apoiar os empresários. Monica Zampieri, diretora criativa da Moni, atesta como o “Feito na Serra Gaúcha” desenvolveu sua marca.

— A participação no projeto fez com que amadurecêssemos, principalmente em produto e comunicação. A comunicação é tudo. O produto, além de perfeito, tinha que conseguir se comunicar com outros estados. Acho que a Moni só está aqui por esses estudos que o Sebrae nos forneceu, no sentido de produto e comunicação. O projeto tem meu coração pelas várias frentes que ele oferece, especialmente por enaltecer a Serra gaúcha como moda e não só como vinho e gastronomia. Indico, sim, para outras empresas de moda, porque foi um divisor de águas essa parceria, que nos proporcionou colocar em todas as nossas peças essa tag especial do “Feito na Serra Gaúcha” — enfatiza.

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