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Éderson Nunes, do Il Camino, conta que clientes não o deixam mais alterar o cardápio. (Foto: Arquivo pessoal)

Mais do que um lugar para apreciar uma boa refeição, o Il Camino Espaço Gastronômico, localizado na Estrada das Indústrias, se mostra ideal para curtir um espaço aconchegante em meio à natureza. Um diferencial que a Lagoa Bela sempre apresentou.

Sócio proprietário do restaurante desde 2018, Éderson Zulian Nunes, 42 anos, declara que é justamente esse o diferencial do empreendimento: a possibilidade de se desconectar e curtir bons momentos há poucos minutos do centro da cidade. É com esta proposta que o Il Camino oferece opções de cardápio nas noites de quarta-feira, com comida colonial, e de sexta e sábado, com o rodízio de bifes ou bauru, além do tradicional almoço colonial nos domingos.

— Na sexta e no sábado, o nosso rodízio de bifes já está consolidado. Na pandemia, a gente começou a fazer uma proposta um pouco mais simples, sem tanta variedade (atualmente são 17 tipos de bifes), mas os clientes “enlouqueceram”. Então, é um negócio que a gente não tem mais como mexer — brinca Nunes.

O mesmo vale para os baurus que eles começaram a fazer no período de pandemia e as carnes de cordeiro, vitelo e coelho que são servidas aos domingos.

Em relação à localização e ao movimento dos clientes, o sócio proprietário enfatiza.

— Estamos bem felizes aqui, o lugar é legal. Talvez para o cardápio de quarta-feira fosse melhor estar localizado mais na área central, mas eu noto que no sábado e domingo as pessoas gostam de sair para algum lugar (mais distante), para curtir aquela proposta de estar com a família e os amigos. Por isso, o restaurante já conquistou diversos clientes fixos — avalia Nunes.

 

“Sair do Centro”

O empresário, que ao lado do sócio Marcelo Corso também possui a distribuidora de bebidas Confraria da Serra, destaca que o bom atendimento é sempre o primordial no segmento da gastronomia.

— A gente tem bastante garçons e tudo isso onera bastante o nosso trabalho, mas não abrimos mão de atender bem. Quando acontece algum imprevisto, ficamos super chateados. Nunca queremos que aconteça. E como o restaurante não tem uma estrutura absurda, não é tão grande, a gente consegue passar em todas as mesas e resolver a situação — detalha Nunes.

Por falar em estrutura, o empresário observa que o travessão Lagoa Bela está se transformando em uma área industrial e avalia como economicamente positivo para a cidade, pois “vai descaracterizar essa coisa de sair do Centro, que temos hoje”.

 

Iluminação para ajudar os turistas

Um problema enfrentado pelo sócio proprietário e que, inclusive, já foi mencionado por diversos clientes é a questão da falta de iluminação no entorno, principalmente na Estrada Gerardo Santin Guarese.

— Os clientes, por vezes, me falam que vem (na estrada) com medo. O pessoal se assusta porque não conhece e é muito escuro de noite — menciona Nunes, ao mesmo tempo em que reforça as recentes melhorias com o cercamento eletrônico e a Guarda Civil Municipal trouxeram segurança e tranquilidade para seus clientes.

A preocupação do empreendedor é, sobretudo, pelo fato de seu público costumar vir dos municípios vizinhos de Caxias do Sul, São Marcos, Ipê e Antônio Prado. Justamente por isso, não conhecem a estrada. Além deles, muitos turistas que se hospedam nos hotéis da cidade costumam visitar o empreendimento.

Outra situação relatada é o fato de já ter enfrentado oscilações de energia e, com isso, ter queimado muitas máquinas. No entanto, segundo ele, com a chegada das grandes empresas na comunidade essa situação melhorou e não costuma mais acontecer com a mesma frequência.

 

Ouvir a comunidade de Flores da Cunha, conhecer os aspectos positivos de cada bairro e comunidade, saber o que está bom e quais as principais demandas da população. O caderno Bairros e Comunidades volta a circular com esta missão: aproximar o jornal dos munícipes. A publicação será sempre na última edição de cada mês, para tal, o município foi dividido em 11 regiões.

Na estreia, os moradores de Sete de Setembro, Serra Negra e Lagoa Bela contam sobre as vantagens de morar em áreas mais afastadas do Centro da cidade. Orgulho comunitário que também se reflete nas demandas e cada morador relata as principais melhorias de infraestrutura que as localidades poderiam receber.

Leia as outras matérias do caderno:

• Travessão Sete de Setembro se mobiliza para manter o prédio da escola em funcionamento
• Mãe e filha, contam como é morar em Sete de Setembro
• Comunidade de Serra Negra conta os dias para receber o asfalto
• Empresária reivindica mais atenção dos órgãos públicos para Serra Negra
• A fé que move a comunidade de Lagoa Bela
• Vinícola Cooperativa conta como é sua relação com Lagoa Bela