O fato de a localidade ser uma das poucas que não receberam asfalto atrapalha o fluxo de veículos
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Empresária reivindica mais atenção dos órgãos públicos para Serra Negra

Vânia Maia e Andrielly Alves de Lima estão à espera do asfalto.  (Foto: Karine Bergozza)

Dias de calor como os que vem fazendo neste verão pedem sombra e água fresca. Cenário ideal para quem trabalha com parques aquáticos, como o Recanto dos Pinheiros, um refúgio de verão na comunidade de Serra Negra.

A proprietária, Vânia Maia, 40 anos, comemora o movimento intenso neste início de ano, especialmente nos finais de semana. Contudo, o fato da localidade ser uma das poucas que não receberam asfalto atrapalha o fluxo de veículos.

— Tem bastante excursão que vem, lembro de uma ocasião que veio um ônibus de Manaus que era de dois andares. O motorista ficou com medo de vir na estrada de chão, então tivemos que buscar todo mundo lá no início de onde tem asfalto e trazer até o parque – lembra Vânia.

— Também tem a questão de a rua ser estreita e como a gente não tem estacionamento, claro que isso não tem a ver com o município, o pessoal acaba deixando o carro na rua e isso incomoda os vizinhos que querem passar porque fica ainda mais estreito.

A linha de frente do empreendimento, que já existe há 24 anos, reforça a necessidade de mais atenção por parte dos órgãos públicos.

— Eles (administração) podiam dar um pouco mais de prioridade para nós, afinal a gente tem um parque desse tamanho e olha o tanto de turistas que a gente traz para cá, dessa forma acabamos movimentando outros setores também — avalia.

Por outro lado, Vânia admite que há um movimento para as obras do asfalto iniciarem em breve e comemora.

— Agora tem umas máquinas ali, eles vão começar, falaram que a partir do momento que passasse o último caminhão da safra da uva eles iriam asfaltar. Já estão alargando a estrada, então acho que agora vai! Isso é muito importante porque tinha vários clientes que não vinham para cá, mas sim para o parque de Caxias do Sul (que é coordenado pelo marido de Vânia, Evandro Arenhart). Com o asfalto, tenho certeza que mais gente virá para cá!

Outro ponto destacado pela empresária é a necessidade de melhorias é a iluminação . Por morar no parque com a família, Vânia expressa sua opinião tanto como moradora quanto como empresária e reforça que luz é sinônimo de segurança para todos.

— Na rua que estamos quase não tem iluminação e fica bem escura durante a noite. Seria legal ter um reforço, até pelo fato de o parque ser grande, e todos poderem ter uma visão melhor da estrada.

 

Em busca do público florense

A empresária Vânia Maia vê com bons olhos o Recanto dos Pinheiros estar localizado em uma área mais retirada do centro da cidade, pois acredita que, cada vez mais, as pessoas estão buscando essa tranquilidade e essa conexão com a natureza, especialmente quem mora em apartamentos.

Vânia Maia e Andrielly Alves de Lima também mencionam a necessidade de melhorias na iluminação próxima ao parque. (Foto: Karine Bergozza)

— Aqui é um lugar bem sossegado, tanto é que a gente não permite entrar com bebidas e nenhum tipo de som. O pessoal vem aqui para descansar mesmo, para lazer — destaca.

Boa parte dos visitantes vem de Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves e Porto Alegre. Atualmente, são 500 associados ao parque.

Questionada sobre como o empreendimento poderia atrair um público maior de Flores da Cunha, a proprietária acredita que são necessárias parcerias.

– Seria interessante que o pessoal do turismo de Flores pudesse nos auxiliar mais, nos dar uma ajuda na divulgação, um incentivo. Seria importante ter esse apoio da prefeitura.

Com foco em manter o movimento em todas as épocas do ano, além das duas piscinas na área externa o local conta com uma interna aquecida, hidromassagem e spa. Também há opções para alimentação como restaurantes e bares nas piscinas. No inverno, o espaço oferece café colonial e a sala de jogos é bastante requisitada.

O espaço oferece 10 cabanas e uma pousada com capacidade para até 50 pessoas, também há a possibilidade de acampar no parque, com barracas.

 

Ouvir a comunidade de Flores da Cunha, conhecer os aspectos positivos de cada bairro e comunidade, saber o que está bom e quais as principais demandas da população. O caderno Bairros e Comunidades volta a circular com esta missão: aproximar o jornal dos munícipes. A publicação será sempre na última edição de cada mês, para tal, o município foi dividido em 11 regiões.

Na estreia, os moradores de Sete de Setembro, Serra Negra e Lagoa Bela contam sobre as vantagens de morar em áreas mais afastadas do Centro da cidade. Orgulho comunitário que também se reflete nas demandas e cada morador relata as principais melhorias de infraestrutura que as localidades poderiam receber.

Leia as outras matérias do caderno:

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