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Quatro comunidades se unem na Escola Benjamin Constant

São Roque, Carmo, Restinga e São Vitor têm histórias em comum com a instituição de ensino
Escola está entre as 200 melhores do Estado em alfabetização (Foto: Karine Bergozza)

A fé, a união e a dedicação são caraterísticas em comum dos moradores das localidades de São Roque, São Vitor e Corona, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora de Fátima – Restinga. As quatro comunidades não medem esforços para perpetuar as tradições herdadas dos antepassados, tarefa na qual a Escola Municipal Benjamin Constant, hoje localizada em São Roque, desenvolve um papel de grande importância.

A instituição de ensino foi criada em 29 de maio de 1934 e exerceu suas funções educacionais até 1991 na capela de Nossa Senhora do Carmo, com aulas para estudantes da 1ª até a 4ª série.

— Ao lado da igreja tinha a Escola Benjamin Constant, eu estudava lá. Embaixo era a bodega e em cima tinha a escola. Também lembro que tinha uma parede que separava um salãozinho, lá a gente fazia as festinhas, a primeira comunhão e tomávamos um café — recorda Mário Facchin, 80 anos, morador da capela Nossa Senhora do Carmo.

Entre 1989 e 1992 emergiu a dificuldade de acesso dos professores devido ao isolamento das escolas municipais e a contínua interrupção dos estudos na 4ª série. Surgia a necessidade urgente de centralização do ensino na capela de São Roque, uma vez que a comunidade compreende culturalmente igreja, campanário, salão comunitário, campo de futebol, escola e cancha de bochas, além de estar situada às margens da ERS-122, importante estrada entre Flores da Cunha e Antônio Prado.

Assim, em 1991, nucleiam-se na extinta Escola Estadual Rural Travessão Rondelli, cujas atividades encerraram por volta de 1986, as escolas municipais Benjamin Constant, da comunidade Nossa Senhora do Carmo – Travessão Rondelli, 24 de Maio, da comunidade Nossa Senhora de Fátima (Restinga) – Travessão Salgado, Felipe Camarão, da comunidade de São Vitor e Corona e Travessão Lagoa Bela, que em determinado momento agregou a escola Daniel de Castro Fortuna, localizada na Zona Verdi, na mesma comunidade.

Devido à centralização das escolas e por considerar-se que a Escola Estadual Travesão Rondelli já havia sido extinta, designou-se o prédio como sendo Escola Municipal Benjamin Constant. Uma homenagem ao primeiro Ministro da Educação do Brasil e um dos principais mentores do processo que levou à Proclamação da República em 1889.

164 estudantes

Diretora da escola há três anos, Evandra Nissola Giachelin, 52 anos, informa que a instituição de ensino conta com 21 professores e atende, atualmente, 164 estudantes do 1º ao 9º ano.

— A comunidade escolar participa ativamente de todas as atividades promovidas pela escola, opinando, sugerindo, trabalhando para que nossa escola desenvolva seu papel e promova a aprendizagem de todos. Destacamos que é uma comunidade muito unida e convicta da importância que a escola tem para a comunidade — destaca Evandra, que prossegue:

— Acreditamos que o diferencial de nossa escola seja o acolhimento, pois a escola está latente na inserção e união das comunidades que atende. Somos uma escola pequena e interioriana. Por isso, conhecemos todos, conhecemos as famílias e nossos projetos e atividades são construídos de acordo com essa realidade. Nossas famílias são, na sua grande maioria agricultores, e os alunos pequenos são cuidados pelos avós ou tios, ou acompanham os pais na lavouras e parreirais.

Evandra afirma que a escola está bem estruturada e atende as principais demandas dos professores e alunos. Contudo, há algumas iniciativas que poderiam melhorar ainda mais este cenário escolar.

— Precisaríamos da construção de uma passarela para o embarque dos alunos nos ônibus escolares em dias de chuva. Solicitamos ainda uma lombada eletrônica ou um controlador de velocidade em frente à escola, pois a mesma está localizada na ERS-122, que é muito movimentada — opina a diretora, orgulhosa de a escola ter recebido uma premiação no Programa Alfabetiza Tchê e estar entre as 200 melhores do Estado em alfabetização.

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