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Prefeitura teme que Flores da Cunha fique sem Bombeiros de plantão à noite em agosto

Medida temporária é cogitada diante da falta de efetivo, o que faria com que atendimentos sejam feitos pelos Bombeiros de Caxias do Sul
(Foto: Gabriel Campos/Prefeitura de Flores da Cunha, divulgação)

Com a redução do efetivo em razão de atestados e férias, além da falta de orçamento do Governo do Estado para o pagamento de horas-extras, Flores da Cunha corre o risco de ficar sem atendimento local do Corpo de Bombeiros, no período noturno, durante o mês de agosto. Sem a escala das 20h às 8h, o município e a região dependeriam exclusivamente do atendimento de Caxias do Sul, o que comprometeria o tempo de resposta em situações de emergência.

A medida seria temporária diante da falta de efetivo, um problema notório dos Bombeiros em todo o Estado, mas que ganhou novos contornos em Flores da Cunha. A corporação não confirma os números oficialmente, contudo, a informação é que o município deveria contar com 21 bombeiros. Atualmente, com uma série de afastamentos por motivos diversos, como licença médica e férias, a o efetivo reduziu para menos de 14, o que não permite a organização de uma escala completa — principalmente após o corte de horas extras pelo Governo do Estado.

Prefeitura “pressionará” por mais efetivo

A informação sobre a falta de equipe local à noite foi levada pelo sargento Luis Henrique Silveira da Silva ao prefeito César Ulian. A reunião ocorreu na manhã desta terça-feira (29) e também teve a presença do vice-prefeito, Marcio Rech, e do secretário de Segurança Pública, Itamar Brusamarello. Após o encontro, a administração municipal declarou estar mobilizada para evitar que o fechamento noturno do quartel se concretize.

— Estamos preocupados com o impacto que essa medida pode trazer para a segurança da nossa comunidade e seguimos mobilizados em busca de alternativas junto ao Estado. Ainda há esperança de que o efetivo necessário seja encaminhado para garantir a continuidade do atendimento noturno em Flores da Cunha — afirmou Ulian.

O vice-prefeito, Marcio Rech, lembra que uma situação semelhante ocorreu com a Brigada Militar (BM) em 2021, e mantém a esperança de que a mobilização municipal irá comover o Governo do Estado para que soluções sejam encontradas.

— No passado, tivemos uma questão similar com a BM, fomos a Porto Alegre e conseguimos mais efetivo. Inclusive, já estamos fazendo isso para reforçar o efetivo da BM novamente. Parece que se não pressionar, eles não mandam oficiais para cá. Teremos que fazer o mesmo movimento para os Bombeiros. Já nos colocamos à disposição para ir no Comando (em Porto Alegre) buscar e pleitear mais efetivo. Sabemos que há uma contratação e formação em andamento e iremos pleitear a vinda destes formandos para Flores da Cunha — afirma.

Quartel já foi fechado em 2016

Não é a primeira vez que a medida extrema ocorre. Em julho de 2016, também diante de um cenário de não pagamento de horas-extras pelo Governo do Estado, o quartel de Flores da Cunha também ficou sem equipe disponível fora do horário comercial. Na ocasião, apenas um bombeiro trabalhava à noite com a função de atender às ligações e repassar para Caxias do Sul.

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