Intervenções para este ano visam melhorar o fluxo de veículos sem gerar congestionamentos
Desde a concessão com a Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), a ERS-122 tem passado por diversas obras, que, embora essenciais, têm causado transtornos no fluxo de trânsito. Para minimizar esses impactos, algumas intervenções previstas para 2025 serão realizadas durante a noite. Contudo, em certos trechos, o estreitamento de pista e o sistema de “pare e siga” ainda serão necessários.
O contrato de concessão de 2025 prevê diversas melhorias, como a implantação da terceira faixa, novas rotatórias e passarelas. No entanto, devido às chuvas que afetaram o estado em maio do ano passado, a CSG solicitou ao governo do estado um ajuste no cronograma das obras.
Enquanto se espera a definição de um possível novo cronograma para 2025, a duplicação da ERS-122 no trecho entre Flores da Cunha e Caxias do Sul continua sendo a grande prioridade para a região. Recentemente, a prefeitura de Flores da Cunha se reuniu com representantes da CSG para discutir o tema e revisar o Volume Diário Médio (VDM) necessário para viabilizar a obra.
Atualmente, a CSG estima um fluxo de veículos de 4,5 mil, enquanto são necessários 18 mil para a execução da obra. O primeiro passo será a instalação de contadores de veículos para monitorar o aumento do fluxo, com a previsão de que dois equipamentos sejam instalados na segunda semana de fevereiro.
“Importante para a economia da região” afirma caminhoneiro sobre a rodovia estadual
Motorista de uma transportadora de Caxias do Sul há 9 anos, Antônio Lazzaroto, 58 anos, se desloca de segunda a sexta-feira entre Caxias do Sul e Flores da Cunha. O caminhoneiro reconhece a melhoria no trecho desde o início da concessão, mas ressalta a importância das obras previstas.
— Vejo que a ERS-122 está boa, bem conservada. A gente observa que em vários pontos entre Caxias e Flores tem obras em lugares que não estavam muito bons, mas que rapidamente foram consertados. Tivemos chuvas, desastres, desmoronamentos e ainda assim o asfalto está em bom estado — opina.
Lazzaroto destaca que a condição da ERS-122 influencia diretamente na pontualidade das entregas e, consequentemente, na produtividade das empresas.
— É importante para a economia da nossa região que a ERS-122 não tenha buracos e que o trânsito flua. Vejo pela gente que transporta insumo de uma cidade para outra. Se atrasa uma entrega por causa da estrada, as empresas irão atrasar a produção e isso gera um transtorno crescente. Como dizem, tempo é dinheiro — opina.
Uma das reclamações recorrentes de usuários da rodovia, inclusive com faixas de protestos na passarela de São Gotardo, é sobre o sistema pare e siga. Lazzarroto acredita que, em alguns casos, o sistema de revezamento tem sido mal aplicado e sugere que a CSG reavalie o formato e o tempo nas próximas obras.
— É claro que é importante a recapagem da rodovia, as melhorias precisam acontecer sempre, mas o pare e siga, no meu ponto de vista, muitas vezes é feito de forma equivocada. No final do ano passado, perto do posto de São Gotardo, às vezes um lado ficava parado por 30 minutos. Eu acho que a CSG teria que rever isso. No máximo 10 minutos de cada via parada está bom — finaliza.
Ricardo Peres, diretor presidente da CSG aponta que algumas das obras de 2025 serão realizadas à noite justamente para reduzir impactos, embora em certos casos seja necessário adotar medidas como estreitamento de pista ou pare e siga.
— Estamos priorizando obras noturnas e adotando métodos de execução que causem menos interferências. No entanto, em alguns casos, será inevitável realizar intervenções que exijam estreitamento de pista ou a implementação do sistema de pare e siga.
