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O palco das primeiras conquistas

Natural de Flores da Cunha, artista recorda o festival de 1987 e a emoção de ver suas obras reconhecidas ainda na adolescência

O 1º Festival da Música e Poesia Jovem, realizado em 29 de novembro de 1987, marcou todos aqueles artistas que subiram ao palco, movidos pela vontade de expressar o espírito de suas emoções. A lembrança desse momento está eternizada nas páginas d’O Florense, edição de número 31. Lá está Mirtes Facchin, vencedora das duas categorias do festival com a música “Fonte da Saudade” e a poesia “Pensares”.

Natural de Flores da Cunha, Mirtes, hoje com 58 anos, começou a escrever e compor ainda na adolescência. Inspirada pelas vivências do cotidiano e pelo ambiente cultural que florescia no município, encontrou nos festivais um estímulo para seguir se desafiando.

— Festivais sempre tiveram um significado ótimo pra mim. Foi um desafio. Eu queria testar até onde poderia ir. Naquela época eu ainda era muito menina, muito imatura. Já tinha vencido alguns festivais, mas não entendia o verdadeiro significado de vencer. Eu apenas queria participar, queria estar ali — relembra.

Entre os jurados estavam Lídia Silvestri, Carlos Raimundo Paviani e Flávio Luis Ferrarini. Ao revisitar a antiga edição d’O Florense, Mirtes se emociona ao reconhecer os nomes que avaliaram suas obras.

— Quando parei para reler aquela página, me emocionei muito. Vi o nome do Flávio, um super poeta, e pensei: ele escolheu uma poesia minha. E o Carlos, com quem depois tive o privilégio de trabalhar. Eram pessoas incríveis, muito inteligentes. É bonito ver isso
registrado — destaca.

“Sinto vontade de voltar àquele tempo”

Com o tempo, Mirtes percebeu a importância daquele momento não apenas em sua vida, mas também na de muitos jovens que encontraram na arte um exemplo da própria juventude.

— O festival marcou todos nós. Era um tempo muito leve, muito livre. As coisas aconteciam naturalmente, sem cobrança, mas com muita vontade. Era um tempo de descobertas e de união — reflete.

Mirtes guarda até hoje recortes daquela fase indelével. Ao reviver as memórias, ela volta a sentir a leveza e a liberdade que definiram sua adolescência.

— O jornal guarda a história de uma época, e, sem perceber, também a da gente. Mesmo sem querer, fiz algo que talvez leve anos
até que outra pessoa faça. Tenho muito orgulho disso e da minha cidade. Eu sinto vontade de voltar àquele
tempo, que era tão leve, tão verdadeiro — agradece

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