Home Destaque “O governador não fez um bom negócio”, afirma deputado sobre concessão da ERS-122, entre Flores Cunha e Caxias do Sul

“O governador não fez um bom negócio”, afirma deputado sobre concessão da ERS-122, entre Flores Cunha e Caxias do Sul

Claudio Branchieri aponta falhas no cálculo da tarifa e questiona falta de melhorias após o início do pedágio em Antônio Prado
Deputado estadual Claudio Branchieri esteve em Flores da da Cunha acompanhado pelo vereador Deivid Schenato. (Foto: Kauan Almeida)

O cenário para as eleições de 2026 começa a tomar forma, e Flores da Cunha precisa refletir sobre quem será seu representante na Assembleia Legislativa. Pré-candidato à reeleição, o deputado estadual Professor Claudio Branchieri se apresenta como esse elo. Atualmente filiado ao Podemos, o parlamentar anunciou que concorrerá pelo PL nas próximas eleições.

Em 2022, Branchieri obteve 1.781 votos em Flores da Cunha, sendo o segundo deputado estadual mais votado (9,62%). Quatro anos depois, ele afirma estar ainda mais próximo da Terra do Galo.

O Florense: Qual o objetivo desta vinda a Flores da Cunha nesta semana?
Claudio Branchieri: É uma visita de cortesia. Estamos pertinho e viemos de maneira recorrente, com o (vereador) Deivid (Schenato, do PP) sempre sendo o nosso apoio. Quando temos que servir emenda, o único cara que eu ligo é o Deivid: “o que precisam por aí?”. Enviei recursos para a compra de duas vans adaptadas (para a saúde) e, agora, vamos mandar R$ 200 mil (de emenda parlamentar) para o hospital Fátima.

Esta visita tem relação com sua pré-candidatura para as eleições de 2026?
Viemos para conversar, mas, claro, já olhando como será em 2026. De certa forma, mudou um pouquinho agora, pois já posso falar de maneira mais franca e aberta sobre a minha ida para o PL. Sou um deputado muito ideológico. O deputado (federal Maurício) Marcon irá oficializar (sua ida para o PL) na semana que vem. Eu irei em março. O Podemos tem dois deputados e a minha saída traria prejuízo ao partido. Tive esta política de muita lealdade ao partido. Mas, há algum tempo já sei que vou ao PL pelas nossas bandeiras.

Flores da Cunha busca uma voz local na Assembleia. O deputado se apresenta para ser esta representação?
Flores da Cunha já tem um deputado estadual. Talvez não saibam, mas todas as demandas que vêm pelo Deivid ou pelo prefeito (César Ulian) sempre foram atendidas. Flores da Cunha é o único lugar, fora de Caxias, que minha esposa moraria sem problema nenhum. Na Serra, Bento Gonçalves possui o (deputado Guilherme) Pasin. Eu tenho boas relações com Carlos Barbosa e Garibaldi, mas nenhuma é como Flores da Cunha. Nem em São Marcos, onde também tive uma grande votação, eu vou tanto quanto venho para Flores. Mandamos R$ 915 mil em emendas para Flores. Proporcionalmente, eu mandei mais do que para Caxias.

No início deste mês, o Centro Empresarial pediu a duplicação da ERS-122 ao Governo do Estado. O senhor pode ajudar neste pleito?
Quando tu concedes uma estrada, ficas refém do contrato. Qualquer nova negociação pressupõe que tu conceda algo à concessionária: abrir mão de outras obras; ampliar o tempo de contrato; ou aumentar a tarifa. Esse trecho, até por ser quase urbano, nunca teve sentido nenhum não pensar (a duplicação) desde o início. Tenho certeza que, se Flores da Cunha tivesse sido ouvida no projeto de concessão, teria dito que essa duplicação é importante. A partir das eleições do ano que vem, acredito que há muitas coisas que iremos rever. Por isso, estamos brigando muito para que o bloco 2 e o bloco 3 não sejam concedidos (antes das eleições). O governador (Eduardo Leite) não fez um bom negócio no bloco 3 (que concedeu o trecho florense).

Na sua opinião, o caminho é reestudar o contrato?
É mudar este contrato. Eu considero que ele é caro. E vemos de novo no bloco 2, que está sendo concedido agora, que está errado o preço. Está caro. Tenho certeza que os vícios do bloco 2 também estão no bloco 3, que já foi concedido.

O deputado acredita que este movimento da oposição conseguirá barrar a concessão dos novos pedágios?
Sou um economista e um político favorável às concessões. Mas, eu não defendo um negócio ruim. Principalmente um negócio ruim que tu vai ficar sentado num contrato por 30 anos. O erro do cálculo da tarifa já está claro pra todo mundo. O TCE (Tribunal de Contas do Estado) disse que está errado o preço e sugeriu R$ 0,17 (por km, contra R$ 0,19 do Governo do Estado). Entendemos que pode ser mais baixa ainda, chegar a R$ 0,13. Estamos falando de cálculos de geração de fluxo de caixa e valuation. Mas, o governador não quer saber, está com pressa pela concessão. O nosso caminho agora é subir o tom, que é o meio judicial. Politicamente, já fizemos o que tinha que fazer. Agora, é entrar com o mandado de segurança a partir da publicação do edital e tentar barrar.

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