Home NotíciasFlores da Cunha “Foi um caso isolado”, afirma presidente dos agricultores sobre resgate de trabalhadores em Flores da Cunha

“Foi um caso isolado”, afirma presidente dos agricultores sobre resgate de trabalhadores em Flores da Cunha

Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Flores da Cunha e Nova Pádua atua para auxiliar nas formalidades das contratações em período de safra

Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Flores da Cunha e Nova Pádua atua para auxiliar nas formalidades das contratações em período de safra

O resgate de nove trabalhadores, oito argentinos e um brasileiro, em situação de trabalho análogo a escravidão repercute na comunidade florense. O flagrante, com a prisão de um produtor rural, ocorreu no último domingo (2), mas só foi divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego na manhã desta terça-feira (4). Município que se orgulha do título de Maior Produtor de Vinhos do Brasil, Flores da Cunha tem uma relação de carinho com a vindima, tanto pelo atrativo turístico quanto pela origem com suas raízes italianas.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares (STR) de Flores da Cunha e Nova Pádua, Ricardo Pagno, acredita que este foi o primeiro caso análogo a escravidão registrado no município. 

— Esse foi um caso isolado aqui em Flores e Nova Pádua e não reflete a realidade da nossa região. A pessoa envolvida fazia uma espécie de agenciamento de mão de obra. Mas, parece que essa empreiteira não estava com tudo em dia. Enquanto entidade, faz dois anos que orientamos os agricultores, através de palestras, com foco na formalização dos funcionários, seja argentino ou não. Nós damos todo o suporte para fazer o que é certo — afirma.

Essa tradição também se reflete nas relações de trabalho. Pagno aponta que existe uma certa resistência em se adequar as formalidades por parte de alguns agricultores em função da relação de confiança criada entre as partes.

— Nós temos agricultores que vêm fazendo de uma determinada forma há anos, levando em conta que são 20 dias de colheita. E eles têm pessoas que todos os anos trabalham com eles, gerando um pouco de confiança e acabam não formalizando o trabalho. Eles têm um pouco de resistência em se adequarem as formalidades — admite.

Em nota, a prefeitura de Flores da Cunha manifestou que “um fato isolado jamais refletirá a realidade do interior de Flores da Cunha”. O serviço social municipal foi acionado pela força-tarefa liderada pela Inspeção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para apoiar os trabalhadores resgatados. Eles ficaram hospedados em um hotel até a segunda-feira (3), quando receberam auxílio para retornar para suas respectivas cidades.

Confira na íntegra a nota da prefeitura de Flores da Cunha sobre o caso:

“A Prefeitura de Flores da Cunha permanece atenta ao que acontece no município. Assim que recebida a notificação do Ministério Público do Trabalho (MPT), a administração municipal esteve plenamente empenhada, utilizando todos os recursos ao seu alcance para auxiliar no andamento do processo. Ressaltamos que os trabalhadores que estiveram no município foram atendidos com hospedagem e alimentação, bem como receberam auxílio para retornarem às suas cidades. Seguiremos sempre à disposição da comunidade. Um fato isolado jamais refletirá a realidade do interior de Flores da Cunha”.

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