Home NotíciasFlores da Cunha Denúncia ao 190 levou ao resgate de argentinos no interior de Flores da Cunha

Denúncia ao 190 levou ao resgate de argentinos no interior de Flores da Cunha

Flagrante ocorreu em propriedade rural da Linha 80. Um produtor rural de 41 anos foi preso, mas pagou fiança e foi liberado no dia seguinte

Flagrante ocorreu em propriedade rural da Linha 80. Um produtor rural de 41 anos foi preso, mas pagou fiança e foi liberado no dia seguinte

Uma ligação ao 190 da Brigada Militar (BM) foi a responsável pela ação que resultou no resgate de nove trabalhadores em condições análogas à escravidão em Flores da Cunha no domingo (2). A fiscalização ocorreu em uma propriedade rural na Linha 80. Um produtor rural de 41 anos foi preso em flagrante e liberado no dia seguinte.

A informação extraoficial é que o preso pagou fiança no valor de R$ 35 mil. A reportagem tenta contato com o produtor rural para oportunizar manifestação de defesa.

Sobre a atuação da BM no flagrante, o capitão João Ribeiro Junior aponta que os policiais militares receberam o telefonema à noite e atuaram por cinco horas no flagrante. Pelo tipo de crime flagrado, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Polícia Federal foram acionados.

— Recebemos esta denúncia às 21h30min para uma averiguação envolvendo oito argentinos. Por envolver muitas pessoas e prezando pela superioridade numérica, foi solicitado apoio de outras viaturas. A atuação da Brigada Militar é em situações de urgência e emergência. Foi identificado a complexidade da situação e chamado o Ministério do Trabalho e a Polícia Federal. É um crime complexo e alguns requisitos precisam ser identificados para afirmar que estaria ocorrendo o flagrante — relata o comandante da 2ª Companhia do 36º Batalhão de Polícia Militar (36º BPM)

O capitão João Ribeiro ressalta que a prisão foi realizada pelo delegado da Polícia Federal juntamente com os auditores do Ministério do Trabalho que se fizeram presentes na ocorrência. 

— O 190 é para situações de urgência e emergência. No momento em que recebemos um chamado de que alguém estaria em uma condição específica, sem comida por exemplo, pode ser identificado um crime de maus-tratos. E quase sempre as informações não se confirmam. O policial chega lá no local e vai fazer a averiguação do que está acontecendo. E foi isso que aconteceu, chegando lá foi identificado uma situação estranha e de imediato foi acionado a PF e o Ministério do Trabalho que identificou a possibilidade de ser um caso de situação reduzida ao trabalho análogo a escravo. Acionando os órgãos competentes, esses assumiram a ocorrência. A partir daí, a Brigada não tem mais nenhuma atribuição sobre o fato, que deve ser processado pela Justiça Federal — explica.

O Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares (STR) e a prefeitura de Flores da Cunha emitiram comunicados destacando que este foi “um caso isolado” e que “jamais refletirá a realidade do interior de Flores da Cunha”.

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