— Este Núcleo foi criado para crianças com dificuldades de aprendizagem. As crianças com deficiência ou síndromes iam para a Apae, mas precisava de um apoio educacional para escolas com aquelas crianças que não tinham laudo, mas que tinham dificuldades. Educação e saúde se reuniram e abriram o Núcleo, inicialmente com uma professora, um neurologista e uma fonoaudióloga.
O relato da diretora Roberta Schiavon Vargas lembra como surgiu o Núcleo Interdisciplinar de Apoio Educacional (NIAE). A entidade, que completa 35 anos em 2025, nasceu em 15 de março de 1990 e foi pioneira na oferta de atendimento educacional especializado em Flores da Cunha, evoluindo ao longo das décadas até tornar-se referência em inclusão escolar.
— A gente olha para o ideal, mas trabalha com o real, com o que a gente pode fazer hoje para ajudar esse aluno, essa família, porque as famílias vêm (nos procurar) muito angustiadas pela questão dos laudos. Nós procuramos ouvir e acolher a angústia delas e isso é quase que diário para a gente — emociona-se Roberta.
Todos os dias a história do NIAE ganha novas páginas e reafirma o seu compromisso com a inclusão, o acolhimento e o desenvolvimento integral dos alunos com dificuldades de aprendizagem e necessidades educacionais especiais.
Este trabalho foi reconhecido na última segunda-feira (15), quando a diretora da entidade recebeu, em nome de toda a equipe, uma Moção de Congratulações da Câmara de Vereadores, uma proposição da presidente da Casa Legislativa, a vereadora Silvana De Carli (PP), para marcar os 35 anos do NIAE.
Desde 28 de setembro de 2019, a entidade possui sede própria na rua Anúncio Curra, 3.479, no bairro União. No local são realizados atendimentos psicopedagógicos, psicomotores, psicológicos e fonoaudiológicos, que beneficiam desde estudantes da Educação Infantil até os do nono ano, das redes pública e privada de ensino.
Uma equipe interdisciplinar forte, comprometida e sensível, trabalha diariamente para eliminar barreiras no processo de aprendizagem, promover o pleno desenvolvimento das potencialidades dos alunos e fortalecer a inclusão no ambiente escolar e social.
— É bem emocionante falar sobre isso, a gente espera que cresça, que cada vez mais a gente consiga ter os recursos humanos e materiais para que o Núcleo se mantenha e cada vez possa atingir mais famílias e crianças — conclui Roberta, na expectativa de sempre fazer mais por quem precisa.

