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Na comunidade do Medianeira, UPEVA acolhe animais e reforça rede de proteção em Flores da Cunha

Com cerca de 90 cães abrigados, ONG atua com voluntariado, adoção responsável e bazar solidário
(Foto: Redes Sociais)

Na comunidade do Medianeira, quase divisa com o Rio das Antas, um espaço afastado abriga cães e gatos que foram vítimas de abandono, maus-tratos ou negligência. Na chácara principal da União Pela Vida Animal (UPEVA), cerca de 90 animais recebem cuidados, alimentação e acolhimento enquanto aguardam um novo lar.

O trabalho é feito por voluntários que se dedicam à proteção e ao bem-estar dos cães e gatos.

— A localização é muito boa porque é afastado e nós temos cerca de 90 cães no local, então eles fazem muito barulho. Estamos no limite do município, na beira do Rio das Antas. A gente entende que precisa ser num local bem retirado por conta de todo o transtorno. Acaba, sim, sendo um pouco distante do Centro, principalmente quando precisamos deslocar alguns cães, mas já faz algum tempo que a Prefeitura disponibilizou uma pessoa para ajudar no transporte dos animais — relata Nicolle Costa, voluntária responsável pelos cães e redes sociais da ONG.

Com estrutura dividida em 29 espaços, cada cercado da UPEVA abriga, no máximo, sete cães, medida que visa garantir convivência segura e qualidade de vida. O fluxo de entrada e saída de animais, contudo, nunca é previsível.

— Em relação à estrutura que temos, cada caso é um caso. A gente nunca sabe se o bicho que vai chegar está saudável, apenas precisando de uma castração, e depois ele fica no canil aguardando a adoção, ou se é um animal que vai precisar de cuidados mais específicos… se é filhote ou idoso, então cada animal tem um destino. Normalmente o que ocorre com filhotes é que ficam pouquíssimo tempo no canil e logo são adotados — conta Nicolle.

Rotina voluntária intensa

O processo começa com o resgate, passa pela triagem de saúde e, depois, os animais são encaminhados para a adoção ou realocados em cercados específicos, dependendo de suas condições físicas e comportamentais.

— Fazemos tudo o que o animal precisa. Ele passa um período isolado nos canis de recebimento para avaliarmos a saúde, se come ou não, até ser adotado ou decidirmos em qual das 29 divisões da nossa ONG ele será acolhido. Temos alguns animais que não convivem com outros cães, então nesses momentos precisamos fazer uma campanha para arrecadar recursos para fazer um novo cercado, que abriga no máximo sete cães — relata Nicolle.

O funcionamento da ONG é garantido quase exclusivamente pelo trabalho voluntário e pelas doações. O bazar solidário, no centro de Flores da Cunha, é a principal fonte de renda da entidade.

— Diria que 60% do nosso recurso vem daí. O restante, para cada animal atendido, nós fazemos um pedido de ajuda. Normalmente postamos nas redes sociais, apresentamos o animal e deixamos o nosso PIX para quem quer contribuir. No mais, fazemos outras ações esporádicas, como rifas e pedágio solidário.

Além dos cuidados diários, a UPEVA também conduz um processo criterioso para adoção, que envolve formulário de triagem e entrevista.

— Temos um formulário do Google pronto, que é uma espécie de entrevista. A partir daí temos alguns critérios, como o animal jamais ficar preso em correntes — afirma.
A ONG também investe em conscientização, com campanhas sobre guarda responsável. No ano passado, passou a realizar a microchipagem dos animais tutelados.

— É uma forma mais fácil de serem identificados. Um trabalho recente, mas que ajudará muito a causa animal — finaliza.

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