Ivete Berti carrega em sua história uma profunda conexão com a comunidade de São Valentim, onde nasceu e cresceu imersa nas tradições italianas que moldam a identidade da região e que até hoje ecoam em sua vida e no espaço que criou.
Filha de Claudino e Josefina Rech Berti, conhecidos pela participação na construção da igreja e do salão comunitário, ela viu desde cedo o valor da hospitalidade e da boa mesa. Essa essência se transformou no Galpão da Ivete, um espaço que mantém viva a cultura florense, reunindo famílias, fortalecendo laços e proporcionando experiências autênticas para moradores e visitantes.
Ao longo dos anos, o Galpão se tornou um ponto de referência para a comunidade. A cada evento realizado, histórias são criadas e compartilhadas, reforçando o papel do espaço como um elo entre o passado e o presente.
— O Galpão é um lugar importante para a comunidade pelas histórias que fazem parte de cada evento realizado, contribuindo para que mais e mais pessoas possam visitar a nossa região. Ficamos imensamente felizes a cada pessoa que chega e diz o quanto o trajeto até aqui é lindo, o quanto ficam impressionados com as belezas naturais aqui ao redor do Galpão — conta a proprietária.
Esse acolhimento vai além da gastronomia. O ambiente familiar e a atenção a cada detalhe fazem com que cada visita ao Galpão se torne uma experiência marcante.
— Recebemos todos com muito carinho, buscamos fazer com que cada pessoa que nos visita se sinta como se estivesse em casa, num ambiente familiar e aconchegante. Para nós, é incrível saber que fazemos parte de momentos marcantes na vida das pessoas, sejam encontros de famílias, casamentos, aniversários, formaturas e confraternizações, ou simplesmente uma tarde de domingo compartilhada com a família e amigos. São instantes que ficam eternizados na memória das pessoas.
O espaço também se destaca por ser pioneiro na produção de morangos na comunidade de São Valentim. A colheita direta das estufas é uma experiência que atrai visitantes de diferentes locais.
— O Galpão da Ivete foi o primeiro na produção de morangos aqui (em São Valentim), e eles são um atrativo para que mais e mais pessoas frequentem o espaço e assim conheçam São Valentim. A experiência de colher os morangos frescos diretamente das estufas é um atrativo para as famílias se conectarem com a natureza — destaca a orgulhosa Ivete.
Raízes e tradições
A cozinha do Galpão traz os sabores do passado, resgatando receitas tradicionais dos imigrantes italianos. A gastronomia, inspirada em receitas familiares, agrada tanto turistas quanto moradores da região.
— O cardápio é uma tradição dos imigrantes italianos da região, que mantém viva a cultura ao longo dos anos e ajuda a divulgar nossa história para quem vem de fora, sendo um atrativo para os turistas que desejam conhecer a nossa região. E para quem é daqui o que servimos tem o poder de relembrar o sabor da comida de seus antepassados, a comida da casa da nona, feita com ingredientes caseiros, muito sabor, mesa farta e comida à vontade.
Além dos pratos típicos, o Galpão oferece uma variedade de produtos coloniais. Cada item reflete o cuidado e o carinho com que as receitas são preservadas e preparadas.
— Aqui no Galpão cultivamos essa tradição com todos os pratos do nosso cardápio e com os produtos coloniais que temos à venda, como grostoli, biscoito colonial, pão caseiro, chimia de uva, chimia de figo, doce de leite e geleia de morango — lista Ivete.
O Galpão da Ivete é um espaço para eventos como aniversários, casamentos e formaturas. Além das celebrações privadas, também realiza eventos abertos ao público, mediante reserva antecipada, como almoços, menarostos e jantares dançantes. Aos domingos à tarde, das 14h às 18h, o local recebe visitantes para a colheita de morangos, momentos de lazer no jardim com quiosques e parquinho infantil.
São Valentim, com suas paisagens e forte tradição italiana, é o cenário que dá vida ao Galpão da Ivete. A comunidade e o espaço caminham juntos, preservando costumes, fortalecendo laços e oferecendo experiências que valorizam a cultura da Terra do Galo.
