Mesmo o céu nublado não impediu que o 1º Festival do Agnolini movimentasse a Praça da Bandeira, em Flores da Cunha, neste sábado (24). O evento, que reuniu crianças a idosos, contou com jogos, shows, apresentações de dança e, claro, a massa que dá nome à festa servida de várias formas: na sopa, frita e ao molho vermelho ou quatro queijos.
O protagonista da festa fez sucesso, por alguns acompanhados de vinho, por outros de refrigerante. Exemplo disso é o casal que mora em Caxias do Sul, Juliana Ambiel, 38 anos, professora de inglês, e Jonas Dall Agnol, 40, gerente em indústria. Eles aproveitaram o fim de semana para visitar novamente a Terra do Galo, cidade que, mesmo no frio, aquece o coração deles.
Jonas Dall agnol e Juliana Ambiel aproveitaram para provar o agnolini em diversas formas, degustar vinhos e assistir aos jogos coloniais. (Foto: Paola Castro)
— Eu achei bem bom. A gente fica procurando festivais, eventos culturais em cidades, tipo festa do queijo, festa disso, festa daquilo. Mas em Flores da Cunha não tinha conhecimento que tinha esse tipo de evento aqui — conta Juliana.
A novidade de um evento como este animou o casal que provou quase todas as opções.
— Estamos comendo sopa agora, antes provamos agnolini com molho vermelho bolognesa e quatro queijos. É o rodízio de agnolini. Só eu acho que não vai caber (o agnolini frito). Depois vamos procurar um docinho, mas vamos ficar mais um pouco bebendo para aproveitar que estamos aqui — disse Jonas que complementou:
— Essa aqui é paulista. Se apaixonou pela Serra Gaúcha (e mora na região há 2 anos e meio). Uma das principais cidades que ela gosta é Flores da Cunha, viemos muito para cá — afirma Jonas, que não descarta a possibilidade de morar na Terra do Galo um dia.
Frio, agnolini e vinho
No sábado, o festival começou cedo, às 9h. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Cultura e Inovação, Tiago Mignoni falou com entusiasmo sobre a manhã do evento.
— Às 10h30min já tinha gente tomando sopa e vinho. Sopa e Coca-Cola.
Para ele, o friozinho ajudou a criar o clima perfeito para degustar a culinária e celebrar.
— Estamos na expectativa do tempo, mas está bom, quanto mais friozinho melhor. Eu sou do time do frio hoje, o risco de chuva diminui. A sopinha dá um quentinho e tem o vinho.
A família Curra (Tiago, Liliana e Felipe) passaram a manhã de sábado (24) intercalando as brincadeiras de corrida de cavalinhos e arremesso de argolas. (Foto: Paola Castro)
Além do agnolini, a programação contou com shows, apresentações de dança e brincadeiras que animaram a garotada. Um exemplo é a família Curra: Tiago, 43, Liliana, 42, ambos empresários, e o filho Felipe Bolzan Curra, 7, aproveitaram cada momento.
— Não temos costume de ir em festivais, mas esse está bem legal, bem organizado, as brincadeiras, estão bem legais. Como a gente mora ali na esquina, não tinha como não saber — comenta Tiago Curra.
Liliana conta que, embora não tenham participado das outras atividades da Semana do Município, estavam empolgados com o evento.
— Fomos nos cavalinhos. Almoçamos também sopa, tomamos vinho e de tarde eu vou apresentar pelo estúdio da Tamara. Eu faço power ballet. Pegamos a sopa e aquele outro agnolini com molho branco (quatro queijos). Estávamos conversando na mesa com os outros casais que não eram daqui e falaram que tem que apostar nisso, que deu super certo. Bem bacana, estão de parabéns — considera Liliana.
Futuro que já está sendo projetado segundo membro da equipe de organização.
— Como orientado pelo Prefeito César Ulian (PP), vamos iniciar os trabalhos de continuidade do evento para o próximo ano, para continuar celebrando e fortalecendo a nossa identidade cultural e promovendo ainda mais o nosso município como um destino turístico de excelência — conta Mignoni.
Brincadeiras para todas as idades
De acordo com Liliana, o filho Felipe, que é competitivo, aproveitou para repetir diversas vezes as brincadeiras dos jogos coloniais.
— Ele foi cinco vezes nos cavalinhos e cinco vezes nas argolas, temos prêmios por tudo que é lado. Veio bola, chocolate, ganhamos saco de laranja, bolinha de sabão.
Theo Zaffonato (no volante) encontrou o amigo e vizinho Francisco, que estava acompanhado do irmão, Vicente e do pai, Ezequiel Brandalise. (Foto: Paola Castro)
Quem também marcou presença foi a empresária Verônica Zaffonato, 37, que veio acompanhada do filho Theo, 3. Mesmo não tendo participado das atividades anteriores da semana por conta do frio e da gripe do pequeno, eles estavam ali para celebrar.
— Viemos prestigiar o agnolini, que adoramos. Estamos esperando a hora do almoço para comer. A sopa e o agnolini frito, com certeza, e levar um para casa, congelado, para fazer. Moramos no Centro, aqui pertinho, (cerca de) duas ou três quadras.
Para Verônica, a proximidade e o clima de comunidade foram um atrativo.
— Vim com meu filho e encontramos vizinhos. Está bem legal, estou até afim de jogar uns joguinhos. Não sei bem como é a programação de hoje, mas pretendo ficar um pouquinho.
O secretário Tiago Mignoni destaca a importância do festival para a cidade e a comunidade.
— É com grande satisfação que falamos sobre o 1º Festival do Agnolini de Flores da Cunha, um evento que superou nossas expectativas em todos os aspectos. Desde a organização até a realização, tudo foi cuidadosamente planejado para oferecer aos nossos visitantes uma experiência única e autêntica da nossa cultura, mas, acima de tudo, para celebrar a riqueza cultural da nossa comunidade — diz Mignoni.
Ele também ressalta o papel do evento na promoção do município como destino turístico.
— A adesão do público foi incrível, com a presença de turistas e, principalmente, de nossos moradores, que puderam se orgulhar de mostrar e compartilhar suas tradições e sabores. O Agnolini foi o protagonista absoluto, harmonizando com os excelentes vinhos de Flores da Cunha que as vinícolas participantes ofertaram, e a diversidade de apresentações artísticas que enriqueceu ainda mais o festival.
O 1º Festival do Agnolini fechou com chave de ouro a programação da Semana do Município, que desde o dia 17 de maio celebrou os 101 anos de emancipação de Flores da Cunha, além dos 150 anos da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul. Uma celebração que envolveu música, gastronomia e muita confraternização.
