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Flores Blues Jazz Festival encerra segunda edição com público de 2 mil pessoas

O evento ocorreu no Parque da Vindima nesta sexta-feira (28) e neste sábado (29)
JJ Thames foi a atração principal (Foto: Zé Carlos de Andrade)

Flores da Cunha recebeu no último final de semana a segunda edição do Flores Blues Jazz Festival, realizado pela APAC – Associação dos Produtores de Arte e Cultura de Flores da Cunha. O evento reuniu artistas da música, dança, artes visuais e gastronomia no Parque da Vindima Eloy Kunz e atraiu um público de 2 mil pessoas. A programação apresentou 13 shows, performances de dança, workshows e uma feira de arte e artesanato, consolidando um novo espaço para expressão cultural na Serra Gaúcha.

Durante os dois dias de festival, o palco recebeu artistas que passearam pelo blues, jazz e soul e suas vertentes, trazendo interpretações de grandes nomes da música e composições autorais. O formato do evento permitiu apresentações dinâmicas e imersivas, incluindo workshows com interação direta com o público.

— Foi uma experiência incrível participar do Flores Blues Jazz Festival! Tudo muito organizado, e a energia do público fez toda a diferença. Quero agradecer a todos que estiveram lá, à banda por essa jornada incrível e ao pessoal do som, que fez tudo soar impecável. Foi muito especial trazer esse repertório de blues brasileiro para o festival. Agora é esperar pelas próximas edições – afirma Leonardo Meneghini de Oliveira, vocalista da banda Menega’s.

A feira de arte e artesanato reuniu artistas visuais e artesãos que, além de exporem suas obras, produziram peças ao vivo. Cassiano Renosto, Morgana Capeletti e Carlos Eduardo da Rosa pintaram e criaram durante o evento, proporcionando ao público uma experiência imersiva no processo artístico.

Os workshows conduzidos por Ricardo Biga foram outro destaque, abordando a trajetória dos músicos do festival, suas diferentes técnicas e influências na formação musical. O público teve a oportunidade de conhecer mais sobre os artistas  como o trompetista Beto Scopel (Choros de Balcão e Quarteto New Orleans), o acordeonista Uiliam Michelon (Uiliam Michelon), o vocalista Luciano Souza (Jazz Cinnamon) e o pianista Gabriel Lopes (Pacific 22).

Entre os shows mais comentados do festival, a apresentação de J.J. Thames foi um dos momentos mais imersivos do evento. A cantora norte-americana, conhecida como “The Hurricane”, entregou uma performance visceral, misturando blues, soul e rock em um espetáculo carregado de emoção, junto com a Alexandre França Blues Band. Sua energia no palco e a conexão com o público fizeram do show uma experiência intensa, levando os espectadores a uma verdadeira viagem pela essência da música negra americana.

— Eu realmente gostei de Flores da Cunha. Eu vi muito pouco, mas é uma cidade linda, cheia de hospitalidade e realmente espero voltar para umas férias— comentou a artista.

JJ Thames destacou a importância do festival e também comparou a conexão entre o blues e o samba.

— O blues é a origem de tudo isso e viemos aqui mostrar como isso funciona. É uma honra estar aqui. Eu realmente acredito que o blues norte-americano, assim como o samba sul-americano trabalham mão a mão. Eles têm a mesma ‘fruta’ e, embora cresçam na mesma árvore, são um pouco diferentes, talvez por causa do clima. Mas, sem dúvida, muitos projetos que estão sendo apresentados unem essas culturas. É uma honra fazer parte e compartilhar isso com vocês — frisou.

Uma das surpresas da edição foi a homenagem feita à J.J. Thames pelo artista Carlos Eduardo. Especialista em desenhos realistas, ele utilizou a técnica de sombreamento com lápis grafite sobre papel para criar um retrato da cantora, um trabalho que levou cerca de 80 horas para ser concluído.

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O artista Carlos Eduardo utilizou a técnica de sombreamento com lápis grafite e desenhou J.J. Thames (Foto: Zé Carlos de Andrade)

— A ideia de produzir essa obra da J.J. Thames surgiu da vontade de unir as artes. A música tem um papel muito forte, em parceria com a APAC, quis aproveitar o festival para dar visibilidade também às artes visuais. A junção das duas formas de expressão gerou um resultado surpreendente — afirmou o artista. O presente foi entregue à cantora durante o show, emocionando tanto a homenageada quanto o público presente.

Florentina Rock & Soul encerra o festival

A Banda Florentina encerrou o festival (Foto: Zé Carlos de Andrade)

O encerramento do festival ficou por conta da Florentina Rock & Soul, que trouxe ao palco um repertório recheado de clássicos do blues, jazz e soul. Com um time de 14 músicos, a banda de 61 anos, “prata da casa”, levou o público a uma viagem sonora que resgatou a essência do rhythm blues. O show final foi marcado por arranjos elaborados, metais vibrantes e uma interação constante com a plateia, garantindo um desfecho à altura do evento.

O festival também ofereceu uma seleção de vinhos e cervejas artesanais da região, incluindo rótulos das vinícolas Madre Terra, Nova Aliança e Viapiana, além das cervejarias Alem Bier, Confraria da Serra e Rooster Bier. A gastronomia esteve presente com diversas opções, valorizando a culinária local.

O evento atraiu visitantes de diversas cidades do estado e foi bem recebido pelo público florense, que elogiou a iniciativa por trazer uma programação diversificada e de qualidade ao município. Um diferencial do festival foi a acessibilidade, com tradução simultânea em Libras, garantindo inclusão para pessoas surdas.

Para Felipe Corso, presidente da APAC, o sucesso desta edição abre caminho para um futuro promissor.

— O retorno do público e dos artistas foi muito positivo. Queremos expandir ainda mais, trazendo novos nomes e ampliando as experiências culturais oferecidas. Ficamos muito felizes com a receptividade do público e a diversidade de pessoas que participaram. Isso só reforça que há espaço para um evento como esse crescer cada vez mais. A primeira edição foi um sucesso, e já estamos pensando em novidades para o próximo ano — comentou.

Com o encerramento da segunda edição, o Flores Blues Jazz Festival se firma como um novo espaço para a música e cultura na Serra Gaúcha, criando expectativa para as próximas edições.

A APAC – Associação dos Produtores de Arte e Cultura de Flores da Cunha tornou o Flores Blues Jazz Festival possivel com incentivo da Lei Rouanet e patrocínio de Hidrover, Jopemar, Gin Rocks e Vinícola Galiotto, além do apoio da Prefeitura de Flores da Cunha e do Sicredi, com promoção exclusiva da Atlântida.

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