O clima ameno, o acolhimento e a tranquilidade típicos da Serra estão entre os motivos que fazem com que Jamil Cerqueira Abilio, 74 anos, e sua esposa, Hilda Abílio, 72, retornem com frequência à Flores da Cunha. Naturais do Rio de Janeiro, eles já estiveram na Terra do Galo aproximadamente 14 vezes, quase sempre durante o inverno, em busca de experiências que contrastam com a rotina agitada e quente da capital fluminense.
— O clima é muito agradável, a gente no Rio está acostumado com uma temperatura bem mais alta. Sempre viemos para Flores nessa época para pegar um friozinho e aproveitar as vinícolas. A gente sempre se sente muito bem acolhido aqui — conta Jamil, que hoje está aposentado.
O casal costuma fazer das viagens uma oportunidade para explorar novos lugares ao longo do caminho. Mesmo com a facilidade do transporte aéreo, eles preferem percorrer longas distâncias de carro, priorizando a paisagem e a liberdade de fazer paradas inesperadas.
— Nós quase sempre viemos de carro, para ir aproveitando as paisagens de lá até aqui. De avião, muitas vezes, a gente acaba deixando passar batido um ou outro lugar. De carro, às vezes paramos em lugares que nem estavam no roteiro, vemos alguma coisa diferente, algum restaurante novo e decidimos parar — relata.
“A gente sempre se sente muito bem acolhido aqui”
Nesta última viagem, por exemplo, o trajeto começou no Rio de Janeiro, incluiu uma parada em Curitiba e depois seguiu rumo à Serra. Em Flores da Cunha, eles ficaram hospedados por três dias no Hotel Fiorio, de onde partiram para visitar alguns dos atrativos mais queridos pelo casal.
— Sempre que a gente vem, gostamos muito de visitar as grutas, cachoeiras e o próprio Monumento ao Galo, que é o maior símbolo aqui de Flores. Gostamos muito de conhecer novas vinícolas e a hospitalidade do povo daqui é algo sensacional — destaca Jamil, ao lembrar das caminhadas e das paisagens do interior florense.
Apesar das experiências sempre positivas, há algo que costuma incomodar o casal: a quantidade de pedágios no trajeto, especialmente quando cruzam diferentes estados e chegam ao Rio Grande do Sul.
— Eu acho que não há necessidade de pedágios. A gente vê que em outros lugares não temos pedágios e, muitas vezes, as estradas são melhores que as daqui. Exceto isso, que não é um problema do município, mas para a gente que vem de fora e passa por outros estados, é um ponto a se melhorar — observa.
Depois da passagem por Flores, o casal ainda deve seguir viagem até Gramado, outro destino querido no inverno gaúcho. Para eles, o que mais importa é o sentimento de bem-estar, que sempre encontram ao chegar. É esse acolhimento constante, somado ao frio, à gastronomia e ao charme do interior, que transforma cada visita em uma nova lembrança.