Home Destaque “Dançar com a própria essência”, afirma proprietária do Estúdio Dançarte

“Dançar com a própria essência”, afirma proprietária do Estúdio Dançarte

Comandando o próprio estúdio, Amanda Venz compartilha o que aprendeu desde cedo, inspirando novas gerações a dançar com confiança e autenticidade

(Foto: Paola Castro)

A dança sempre esteve correndo nas veias de Amanda Venz, 27 anos. Desde criança, sua casa era um palco improvisado onde a criatividade se manifestava nas coreografias que ela criava sozinha ou com seus amigos e familiares. Natural de Flores da Cunha e moradora do bairro Aparecida, a dançarina e coreógrafa reabriu o Estúdio Dançarte na última segunda-feira (3), na área central da Terra do Galo.

— Antes de começar a dançar, eu já gostava de assistir clipes no Multishow e imitava os artistas. Sempre gostei de ensinar e sempre gostei de crianças. As minhas primas adoravam ir na minha casa brincar porque eu gostava de ensinar (coreografias) e tinha paciência. Antes mesmo de começar eu já gostava de criar. Eu fazia minha mãe sentar, cansada depois do trabalho, para assistir minhas criações. Quando meu pai chegava de viagem, ele tinha que dançar comigo também — relembra Amanda, com carinho.

Foi na pré-adolescência, que a oportunidade que guiaria sua vida surgiu. A diretora Aline Zamboni da escola Equilíbrio, onde Amanda fazia aula de dança, notou o talento da menina de 12 anos e confiou a ela a responsabilidade de iniciar uma turma de jazz.

— Comecei a dar aula de jazz com 12 anos e nunca mais parei — conta a estudante de Educação Física.

O que iniciou com pequenas turmas de balé e jazz foi crescendo. O nome “Dançarte” surgiu em 2013 e, ao longo dos anos, a artista transformou o grupo em um estúdio próprio. Em 2022, após os impactos da pandemia, o estúdio foi fechado, mas Amanda conta que a vontade de voltar, de sentir de novo um laço com as alunas e de poder continuar a ensinar, nunca deixou de existir.

— Um dos motivos para reabrir foi a procura que surgiu em Flores da Cunha. Alunas antigas falavam que gostariam de voltar a dançar, pensei que fosse a hora certa. E eu também sentia muita falta de ter algo meu, de fazer as coisas do meu próprio jeito, implementar as minhas ideias e as apresentações. Sentia falta de toda essa produção, mas principalmente sentia falta dessa família que eu criei na Dançarte — admite.

 

Ensinar é abrir portas

A reabertura na última segunda-feira (3) trouxe de volta a Amanda a sensação de “tenho algo meu novamente”. A coreógrafa deseja que o espaço não seja “apenas” uma sala de dança, mas um ambiente de acolhimento e aprendizado como ela já teve.

— Meu objetivo sempre foi transformar a vida das pessoas através da arte e da dança, sendo muito mais do que uma aula física. Quero mudar a vida das pessoas e que elas se sintam mais felizes, que tenham mais autoconhecimento, autoestima e confiança. Que cada uma que entrar aqui saia se conhecendo mais e se sentindo mais leve e que tenham essa sensação de liberdade, de dançar com a própria essência — compartilha.

Para Amanda, a Dançarte é mais do que um estúdio de dança; é uma família. E é isso que ela mais valoriza: o vínculo, o carinho, a troca de energia com as alunas. E é este afeto que a dançarina quer refletir em sua forma de ensinar.

Atualmente, a Dançarte tem turmas com alunas que variam de três a 70 anos. Um legado de uma trajetória marcada pela vontade de abrir portas para outras mulheres — entre os quatro professores da Dançarte, duas já foram alunas de Amanda.

— Uma delas (Mariane Webber) é minha aluna desde que tinha 7 anos e agora está com 16. Aquilo que a diretora viu em mim (um potencial aos 12 anos), eu vejo nela. Ela é muito responsável, estou passando uma turminha de jazz para começar e ela vai auxiliar nas aulas de balé. A professora (Gabriele Biasus) que dará aula de estilo livre também foi minha aluna e hoje tem 20 anos — lembra com orgulho.

 

Dançar em Flores

Apesar do longo hiato de dois anos do grupo Dançarte, a experiência em dar aulas na Terra do Galo foi positiva e fez com que a vontade de retornar com o grupo se mantivesse viva em Amanda.

— Sentia falta desse afeto, do laço que criei com as pessoas daqui, tanto com os alunos quanto com a família. Sempre quis me envolver e não apenas dar uma aula de dança. O carinho que eu tinha com cada aluna e famílias me inspirava cada vez mais e percebi que era hora de voltar — manifesta a coreógrafa.

Além da dança ser uma forma de expressão artística, para Amanda, é uma ferramenta de transformação pessoal. A professora conta que sempre buscou que suas alunas se sentissem mais seguras, confiantes, quebrando barreiras e superando as próprias limitações.

— Penso em crescer. Já consigo visualizar que em breve terei que ampliar (o espaço do grupo), mas pretendo manter a localização nessa região. E que eu tenha as minhas alunas que sigam comigo. Várias já voltaram, (espero) que possamos criar aquele laço de família de novo. Que sigamos unidas e crescendo juntas. Não só eu e a Dançarte, mas que todas que estiverem aqui evoluam junto com o estúdio — deseja.

 

Conheça outras seis histórias de inspiração e superação

Sete mulheres com trajetórias marcantes são homenageadas por suas contribuições e força transformadora na comunidade de Flores da Cunha e Nova Pádua. Um pequeno exemplo do que se deve ser lembrado, valorizado e conquistado pelo Dia Internacional das Mulheres.  Por terem trajetórias que emocionam e inspiram,  confira as histórias de outras mulheres que ensinam e fazem parte da comunidade.

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