Segurança é um dos pilares da qualidade de vida que Flores da Cunha dispõe e se orgulha. Por isso, o valor considerável para criação da Guarda Civil Municipal (GCM) nunca foi visto como um gasto, mas sim um investimento na própria. Nesta quinta-feira (13), a corporação completou seu primeiro ano de atuação, uma data para refletir sobre a importância da prevenção para sermos cada vez mais comunitários.
Entre os 16 guardas que atuam desde o início da GCM, está Tania Marisa Contessa Furkim, 49 anos. Natural de Novo Hamburgo, ela fez sua parte nas 17.677 ações realizadas pela GCM neste primeiro ano. Ela destaca a atuação junto a assistência social.
— Eu era professora e já fui educadora social por muitos anos, mas sempre tive um sonho de atuar na Segurança Pública. Comecei a estudar para concursos em 2017 e passei para Guarda Municipal aqui em Flores. Estou gostando muito do trabalho e da cidade também — afirma Tania.
Ela destaca que a atuação da GCM tem lhe colocado em contato com as escolas e em situações que viveu quando era educadora social.
— Quando eu trabalhava em abrigos (em Novo Hamburgo), em alguns casos precisávamos chamar a Guarda Municipal para auxiliar a conter os surtos das crianças. Hoje, estou do outro lado e sou chamada para colaborar com a resolução de conflitos nas escolas. E tem sido muito positivo em função das experiências que trago comigo — pondera.
Também da primeira turma, Fabrício Antonio Cerutti, 38, conta que antes de passar no concurso, tinha um negócio próprio que fechou para estudar e buscar esse sonho de atuar pela segurança pública.
— Dentro das nossas atribuições, acabamos abordando muitas pessoas nas praças. Já aconteceu de estarmos no meio de uma operação e pessoas da comunidade virem nos agradecer. Com o nosso trabalho estamos conseguindo diminuir o tráfico de drogas e posse de entorpecentes nos locais públicos, permitindo que a comunidade possa utilizar os espaços com mais tranquilidade — relata Cerutti.
Um episódio que marcou o guarda aconteceu logo no começo da atuação na corporação, quando foram acionados por populares para atender uma pessoa em situação de rua.
— Chamamos a Assistência Social e foi identificado que ele se tratava de uma pessoa que estava desaparecida de casa faziam oito dias. E, finalmente, pode ser encontrada pela família. Isso é gratificante. A Guarda de Flores é muito dedicada, os colegas são muito motivados e conseguimos bons números. Enquanto um está na rua outro está na sala de monitoramento — descreve Cerutti.
A psicopedagoga Juliana dos Santos Silva, 44 anos, é uma destas testemunhas da colaboração da Guarda Civil para a cidade. Principalmente para uma mãe, que mora no bairro União e se preocupa com seu filho, Estevan Silva Zim, 12 anos, que estuda no 7° ano da Escola 1º de Maio.
— A Guarda está sempre presente nas escolas. Já vi eles na entrada e na saída e também nos dias de atividades extracurriculares. A presença deles inibiu muita coisa errada que vinha acontecendo no município. Eu reparo e vejo eles em pontos estratégico do município. No bairro União, tivemos problemas com drogas e isso está bem melhor. Eles são bem prestativos, perguntam se está tudo bem e se colocam à disposição. Até mesmo a questão do estacionamento prioritário, eu vi que com a presença deles isso passou a ser mais respeitado — pontua Juliana.
Guardas nas ruas com apoio de 100 câmeras
O vice-prefeito Marcio Rech ressalta que a criação e atuação da Guarda Civil Municipal tem o propósito de somar com o trabalho de prevenir situações de violência, já desenvolvido na cidade pelas forças policiais.
— A Guarda foi criada para complementar o bom trabalho desenvolvido pela Brigada Militar. Sendo que um dos grandes pilares para uma cidade ter qualidade de vida é a segurança pública — pontua.
Estes 16 guardas municipais auxiliam na presença nas ruas, tão desejada pela comunidade. Ainda assim, é impossível estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Para se multiplicar, o trabalho da GCM inclui a central de videomonitoramento, com o controle e imagens de 100 câmeras que ajudam a agilizar respostas e esclarecer crimes.
— Temos câmeras espalhadas por todo o município e para este segundo ano (da GCM) queremos ampliar ainda mais o monitoramento. Já temos o projeto para instalar alarmes nas escolas, que vão tocar direto aqui (Central de Monitoramento) — afirma o secretário municipal de Segurança Pública, Transportes e Mobilidade, Itamar Brusamarello.
Os guardas civis também são responsáveis por atendimentos de trânsito, auxiliando a BM em ações sem lesões. Sobre a aplicação de multas, Brusamarello garante que são raras as situações, pois o foco da Guarda é orientar e educar a comunidade, buscando corrigir irregularidades.