A Comissão Especial de Saneamento Básico e Desastres Climáticos da Câmara de Vereadores de Flores da Cunha se reuniu, na última segunda-feira (6), com representantes da Corsan/Aegea para tratar da falta de água no município e discutir os investimentos previstos pela empresa. O encontro buscou esclarecer dúvidas dos parlamentares e alinhar futuras ações para melhorar o abastecimento.
Participaram os vereadores Diego Tonet (PP), Horácio Rech (PL), Valdecir Paulus (MDB) e Luizzão (Republicanos), que integram a comissão, além dos vereadores Claudimir Kremer (MDB) e Deivid Schenato (PP). Representando a Corsan/Aegea, estiveram presentes o superintendente de Relações Institucionais da região, Lutero Cassol, e o coordenador de Operações, Lucas Nogueira.
A principal preocupação apresentada foi a instabilidade no fornecimento de água, especialmente nos períodos de maior consumo. Segundo a empresa, estão sendo feitos investimentos em tecnologia, como a instalação de sensores para identificar perdas na rede e a perfuração de novos poços artesianos.
— Foi a primeira conversa que tivemos enquanto Comissão de Saneamento Básico. Nesta comissão fazem parte quatro vereadores, mas dada a relevância do tema, mais pessoas puderam participar. É uma briga legítima essa questão da falta d’água. A falta d’água é hoje o que mais nos preocupa — afirmou o vereador Diego Tonet (PP), presidente da comissão.
De acordo com Tonet, cerca de 41% da água é perdida antes de chegar às residências, o que seria o principal motivo das interrupções no abastecimento.
— Esse é o maior desafio da Corsan e o maior motivo pela falta d’água. Eles estão investindo em tecnologia para conseguir identificar, por meio de sensores a perda de pressão na rede, e resolver o mais breve possível — explicou.
“Nos cabe permanecer fiscalizando”
Outro ponto levantado foi a influência de quedas de energia elétrica no funcionamento das bombas de captação. Segundo o vereador, a interrupção da energia pode causar rompimentos nas redes.
— Uma das justificativas da Corsan para a falta d’água também é a queda de energia elétrica, pois as bombas são interrompidas e, quando retornam, as redes acabam absorvendo ar, e esse ar impacta no rompimento. A nossa ideia é, num futuro próximo, chamarmos para uma reunião ou audiência pública a Corsan e a RGE ao mesmo tempo para alinharmos as questões de falhas técnicas.
A comissão também questionou a segurança do sistema em períodos de estiagem. A Corsan/Aegea afirmou que os poços artesianos existentes são suficientes para a demanda atual, mesmo com pouca chuva.
— Eles nos disseram para ficarmos despreocupados, porque, segundo o que nos passaram, mesmo em tempos de menos chuvas, eles são suficientes para abastecer a comunidade — relatou o presidente da comissão.
Ao final do encontro, Tonet reforçou o papel da Câmara em relação à atuação da empresa no município.
— Nós fizemos algumas cobranças e o que nos cabe é permanecer fiscalizando — concluiu.
A comissão pretende acompanhar os desdobramentos e cobrar a execução dos investimentos prometidos pela Corsan/Aegea para garantir um abastecimento mais eficiente no município.
