As estatísticas de comercialização de produtos vitivinícolas, no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024, mostra dados preocupantes para os produtores de suco de uva. Já para os vinhos de mesa o mercado se manteve estável, com uma pequena queda, de 2%, nos vinhos finos. Por outro lado, os espumantes tipo champanha (brut, extra, nature ou demi-sec) cresceram 16,9%, apresentando um excelente desempenho aliado à manutenção dos volumes de venda para os moscatéis espumantes. Os dados são relativos à comercialização das empresas do Rio Grande do Sul, declarados ao Sisdevin.
A queda nas vendas de suco de uva aconteceu nas três categorias: redução de 9,14% para o suco integral, 29,18% no concentrado e 53% nos sucos reconstituídos. O suco concentrado é utilizado como matéria prima para produção de suco de uva reconstituído ou para mistura com outras frutas dando origem a bebidas mistas de uvas ou néctares de uva, os quais são diluídos com até 50% de água. A explicação para esta queda, para alguns produtores, está na mudança de formulação de algumas bebidas e, no aumento de preço que o suco integral foi submetido no ano passado. As novas formulações presentes no mercado, neste primeiro semestre, demonstram que cresceu a oferta de bebidas mistas elaboradas com suco de uvas, diminuindo o consumo da bebida em sua forma integral ou 100%. Esta mudança pode estar refletindo o que aconteceu no ano passado, quando a falta de produto ocasionada pela redução da safra, fez com que as uvas fossem pagas em valores acima do mínimo, elevando assim de maneira geral o preço dos produtos.
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