O Capitel Nossa Senhora do Pedancino, em São Valentim, carrega mais de um século de história e devoção. Construído em 1909, se tornou um símbolo importante para a comunidade, sendo cenário de encontros religiosos e testemunha silenciosa de muitas histórias. Quem compartilha essas memórias é o morador Expedito Giacomo Rech, de 72 anos, que cresceu ouvindo relatos sobre o local e, ao longo da vida, acompanhou sua importância para a região.
— O capitel foi construído em 1909, e, 100 anos depois, fizemos uma grande celebração. Foi uma festa bonita! Fizemos a missa aqui, e depois seguimos para a comunidade de São Valentim — lembra Expedito.
O espaço sempre teve forte ligação com os moradores locais, que se mobilizam para manter a tradição viva. A ausência de padres por muitos anos não impediu a realização de encontros e novenas, fortalecendo ainda mais o sentimento de pertencimento da comunidade.
— Mesmo sem padres, a comunidade continuou se reunindo. Muitas novenas foram feitas aqui, e houve graças alcançadas que você não faz ideia! Muita gente vinha, fazia suas orações e aconteciam milagres — conta o morador.
Hoje, o capitel segue sendo um ponto de encontro para a comunidade. Mesmo sem um calendário fixo de eventos, as celebrações seguem acontecendo, adaptadas às condições do local.
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— Não temos um calendário anual de festas. E, com a falta de padres, principalmente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, não há missas. Mas, nos outros meses, todo quarto domingo, temos missa às 16h, a céu aberto. Se chove, nos reunimos em um galpão próximo. Sempre digo que temos a maior igreja do mundo, porque não tem parede, né? E o céu está lá em cima! — brinca Expedito.
Além das celebrações religiosas, o capitel também recebe eventos especiais, como o encontro dos cavaleiros da capela do Pedancino, que fazem uma parada no local antes de seguir com a cavalgada.
— No meio do ano, o pessoal da capela do Pedancino vem para cá antes de seguir com a cavalgada. Esse encontro já acontece há uns 15 ou 16 anos — comenta.
