Com o objetivo ampliar o acesso à música instrumental, descentralizando apresentações e formando novas plateias em comunidades que historicamente recebem poucas atividades culturais, a Banda Florentina realizará, no próximo domingo (21), às 14h, no Salão Comunitário da Igreja Nossa Senhora do Rosário, no bairro Nova Roma, em Flores da Cunha, o show de inverno do projeto As Quatro Estações.
A iniciativa envolve cerca de 20 profissionais, entre músicos, técnicos e equipe de apoio. Os arranjos dão nova vida a clássicos do rock, soul, blues e da música brasileira. A big band conta com sopros, guitarra, contrabaixo, piano, bateria e vocal.
– A expectativa é reunir um público de cerca de 700 pessoas. Essa região não costuma receber esse tipo de atividade, então vai ser um momento de encontro e celebração coletiva. Como banda, queremos incluir cada vez mais a comunidade e garantir acessibilidade em todos os níveis, desde Libras e audiodescrição até estrutura arquitetônica para pessoas com deficiência – destaca o produtor Felipe Corso, que é complementando pelo maestro, Vinícius Fioreze:
– Trazemos desde a intensidade de vozes como Aretha Franklin, Amy Winehouse e Joe Cocker até o calor de nomes brasileiros como Tim Maia e Paralamas. É uma experiência que vai do intimista ao dançante, como uma fogueira que reúne e aquece banda e plateia.
O projeto As Quatro Estações vai além dos concertos e aposta na aproximação com crianças e jovens por meio de ensaios abertos em escolas públicas e encontros semanais na Sede Cultural Florentina, sempre às quartas-feiras à noite.
– A música reúne todo mundo. Não tem cor, não tem raça. Música é música. A Florentina é minha primeira família e segue sendo um espaço de amizade, aprendizado e partilha – defende o saxofonista Valdocir Fioreze, que é integrante da banda há 50 anos.
Sobre o projeto
Com 60 anos de trajetória, a Banda Florentina voltou aos palcos em 2023 após oito anos de pausa, agora com sede revitalizada e um projeto educacional voltado à formação de músicos. O ciclo As Quatro Estações simboliza esse reencontro da banda com a comunidade, conectando passado, presente e futuro.
A iniciativa conta com tradução em Libras, audiodescrição nos materiais, acessibilidade arquitetônica, estacionamento gratuito e financiamento do Pró-Cultura RS, da Secretaria de Estado da Cultura, por meio da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) e Ministério da Cultura.

