O início desta legislatura, que completou sete meses, chama atenção pela abertura de espaços para as representantes femininas na Câmara de Vereadores de Flores da Cunha. Nesta segunda-feira (4), foi a vez da suplente do Republicanos, Jaqueline Zanella, assumir a cadeira do vereador Luizzão, que pediu licença para tratar de interesses particulares até o dia 31 de agosto. É a terceira mulher a assumir como suplente em 2025, que se somam a eleita Silvana De Carli (PP), atual presidente da casa legislativa.
Mais do que uma substituição, a chegada de Jaqueline Zanella é um movimento estratégico. Os três suplentes do Republicanos a sua frente abdicaram da oportunidade, justamente para permitir que Jaqueline assumisse neste momento e apresentasse os seus três projetos de lei que possui, praticamente prontos, como a nova vereadora anunciou na tribuna da sessão ordinária de sua estreia. As propostas são sobre defesa das mulheres e proteção à criança, informou vereadora sem revelar detalhes.
Jaqueline é graduada em Economia e em Moda e Estilo, com pós-graduação em Gestão de Negócios e em Gestão de Cooperativas. Atua como palestrante, gerente financeira e empresária no setor da moda. No ano passado, em sua segunda candidatura, obteve 126 votos nas eleições municipais, ficando como quarta suplente do Republicanos.
Após a sua primeira sessão, a vereadora do Republicanos conversou com a reportagem do O Florense sobre seus planos para os 30 dias de mandato:
O Florense: Esta foi uma suplência planejada, certo?
Jaqueline Zanella: Sim, tenho projetos desde a última legislatura, quando também tentei assumir como suplente, mas houve alguns problemas e não deu certo. Então, já tenho alguns projetos sendo elaborados e esperando a oportunidade, que agora o Luizão e o partido me deram, para conseguir agregar para o município.
Como surgiu esta oportunidade?
Nós estávamos negociando há um tempo. Como eu não era a primeira suplente, foi necessário conversar com os outros suplentes e eles entenderam, sim, da importância de eu apresentar os projetos que estavam sendo desenvolvidos e eles assumirem em outra oportunidade. Foi uma construção. Em princípio, será este um mês (de substituição), mas o Luizzão já me apontou que nos próximos anos poderão surgir outras oportunidades.
O que a senhora traz de diferente para a Câmara?
Olha, eu pretendo apoiar muito os projetos já em andamento. O Legislativo tem que andar junto. Não podem acontecer desavenças, porque é sempre em benefício da comunidade que o Legislativo deve atuar. Então, quero, sim, apoiar o que está em andamento e apresentar novos projetos para a comunidade.
Como vê este início de legislatura com mais presença feminina?
A ideia é que tivéssemos elegidos mais mulheres como vereadoras efetivas. Não aconteceu, (e estas suplências) é uma construção que se faz. É bem importante a representatividade feminina dentro do legislativo. Existem construções próprias das mulheres, em benefício das mulheres, não desvalorizando os homens, mas que são projetos específicos que têm que ter o olhar feminino. Que bom que várias (suplentes) já assumiram nessa legislatura e espero que, até o fim, outras possam assumir a sua vaga.