Na comunidade de São Paulino, um campo de futebol virou ponto de encontro, memória e construção coletiva. O Alfredão Camp Nei, como ficou conhecido, nasceu da união entre vizinhos e da crença de que, com amizade, é possível transformar espaços e pessoas. Onde antes havia um terreno sem uso, hoje pulsa um centro esportivo que movimenta crianças, jovens e adultos, criando vínculos que extrapolam as quatro linhas do gramado.
A origem do clube remonta à comunidade de Alfredo Chaves, onde surgiu a ideia de criar uma equipe e dar vida nova ao campo do morador Nei Mioranzza. Mesmo com a mudança de localidade, o nome “Alfredão” se manteve como marca identitária da equipe. Foi com a parceria da Capela São Paulino que o projeto encontrou solo fértil para crescer, e desde então, o campo se tornou espaço de esporte, convívio e pertencimento.
— A nossa sede, em conjunto com a comunidade de São Paulino, foi uma parceria que deu certo, ajudando a movimentar mais a localidade e trazendo vida e esporte a um espaço que se encontrava praticamente abandonado — conta o presidente do Alfredão, Paulo Roberto Pradella.
“O Alfredão sempre teve como princípio a amizade”
Hoje, o Alfredão abriga treinos, campeonatos municipais e regionais, além de iniciativas que fortalecem o laço com o entorno. O clube participa com destaque nas competições de futebol de campo e de futebol sete, em diferentes categorias, entre elas, juniores, futsal feminino e veteranos. A estrutura também já sediou jogos da Copa Fenavindima e de campeonatos organizados pela Subsecretaria de Desporto.
Mesmo com alguns desafios financeiros e logísticos, o campo segue em constante transformação. Alambrados, gramado, bancos de reservas e até a instalação de refletores foram resultado de mutirões e esforço coletivo.
— O Alfredão sempre teve como princípio a amizade. Foi ela que construiu os alambrados, cercou o campo, instalou refletores e manteve acesa a vontade de seguir. É com ela que se planejam as melhorias, se organizam os jogos, se envolvem novos rostos e se preserva o espírito que deu origem ao clube — reforça Pradella.
Atualmente, a sede é uma das poucas da região com iluminação para jogos noturnos. Isso ampliou os horários disponíveis para treinos e campeonatos, além de atrair um público cada vez mais diversificado.
— Acreditamos que o campo tem atendido bem as necessidades dos clubes e do município. Somos uma das poucas sedes com refletores, podendo levar jogo à noite. Mas estamos sempre projetando e buscando melhorias, principalmente no ambiente ao redor do campo, como a entrada da sede e o espaço ao redor. Sabemos que isso gera custos, e estamos sempre buscando parcerias e incentivos através de empresas e do próprio município de Flores da Cunha — explica.
Para além da bola, o Alfredão acredita no esporte como ferramenta de educação, saúde e integração. Não apenas no que ele oferece, mas no que ele possibilita, encontros, trocas, presença real em tempos de rotinas cada vez mais virtuais. E, acima de tudo, um senso de permanência.
— Achamos o esporte fundamental para desenvolvimento e amizade entre pessoas. O DMD (Departamento Municipal de Desporto. Hoje, elevado à Subsecretaria de Desporto) vem trazendo novas categorias e esportes pouco incentivados no passado, porém os principais campeonatos não devem ser deixados para trás ou enfraquecidos — completa Pradella.
Em São Paulino, o Alfredão é sinal de pertencimento. Cada jogo, cada reunião, cada conversa no alambrado renova o pacto entre o esporte e a comunidade.
Localização:
VRS-814, km 3,8 — em São Paulino
Fundação:
2020 (origem em Alfredo Chaves; sede atual em São Paulino)
Estrutura atual:
Campo com alambrado e gramado
Iluminação para jogos noturnos
Vestiários e área de convivência
Modalidades disputadas:
Futebol 7 (masculino e feminino)
Copa Fenavindima
Campeonatos municipais Série Prata e Aberto Feminino
Contato e redes sociais:
Instagram: @alfredaofc
WhatsApp: (54) 99983-2011