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Em Alfredo Chaves, Paradouro do Suco fortalece o enoturismo na rota Caminhos do Alfredo

Entre parreirais, comunidade transforma suas raízes em experiências marcantes para moradores e turistas
(Foto: Klisman Oliveira)

A comunidade de Alfredo Chaves é conhecida pelo espírito acolhedor, pela força da agricultura e pelo valor dado às suas raízes. Com um cenário de parreirais bem cuidados, empresas familiares e histórias que atravessam gerações, o lugar faz parte da rota Caminhos do Alfredo, repleta de experiências que misturam natureza, história e sabores. É ali, em meio às curvas do travessão, que se revela o Paradouro do Suco, um espaço criado para encantar, preservar e compartilhar o que a comunidade tem de mais precioso.

O espaço, que é um complemento da Vinícola Malacarne, foi criado com o objetivo de mostrar ao público aquilo que a família vive no dia a dia, e logo se transformou em símbolo de identidade florense.

— O Paradouro do Suco faz parte da Vinícola Malacarne, sendo um ponto de divulgação do suco de uva que é produzido e também participante dos Caminhos do Alfredo, essa rota turística da nossa comunidade, que está instalada justamente nas terras em que os imigrantes da família Malacarne ficaram quando chegaram da Itália. O espaço foi uma forma de mostrar para todos o que a família via e trabalhava diariamente. Com a torre de vista panorâmica é possível vislumbrar os valores que a família preserva… a cultura, o trabalho e as belezas de nossa terra — destaca Isadora Molardi Malacarne, gerente do Paradouro.

A tradição que se compartilha com orgulho

A proposta é permitir que os visitantes vivenciem o cotidiano da comunidade e valorizem tudo o que é produzido, do suco e do vinho, à paisagem moldada pelo trabalho dos agricultores.

— A maneira que o Paradouro possibilita que os turistas vejam nossa terra é uma forma de apreciar e valorizar tudo que aqui se produz, seja o suco, o vinho e a agricultura. O Travessão Alfredo Chaves deslumbra todos os visitantes, através das paisagens naturais e do trabalho do nosso agricultor com as diversas parreiras que ficam aqui por perto. Quem visita nossa comunidade e o nosso espaço, com certeza tem vontade de voltar para experimentar tudo isso novamente — conta.

E não é só no Paradouro que se vive essa sensação. O roteiro ainda reserva surpresas como trilhas em meio à mata nativa, como a da Colônia Família Bordin, paradas para degustação de vinhos e espumantes artesanais e mirantes com vista para o Vale do Rio das Antas, com destaque para o Mirante Gelain, um dos pontos mais fotogênicos da rota.

A experiência inclui também o tradicional passeio de caminhão, um trajeto que revela a beleza das casas, empresas com sucessão familiar e a união entre as famílias que mantêm viva a essência do lugar.

— O Paradouro do Suco representa a nossa comunidade da melhor forma possível, principalmente mostrando para o turista o que ela tem de melhor, através de um passeio de caminhão, que passa pelas famílias unidas, empresas com sucessão familiar, parreirais muito bem cuidados e casas impecáveis — destaca a gerente.

Muito além do turismo, o Paradouro se tornou ponto de encontro da própria comunidade, que se reconhece e celebra suas memórias.

— O Paradouro tem uma interação interessante com a comunidade, a grande maioria do pessoal já veio até o espaço, já realizou formaturas, comemorações e participou do passeio de caminhão. Quando um turista sobe no caminhão de passeio, ele já deve saber que vai comemorar muito, abanar e dar risadas, porque a comunidade sempre faz muito agito quando o caminhãozinho passa perto de sua casa — brinca Isadora.

A relação entre o espaço e Alfredo Chaves é de identidade. Do alto da torre, os visitantes enxergam não apenas vinhedos, mas o reflexo do trabalho coletivo que sustenta a região. É um lugar onde passado, presente e futuro se entrelaçam no cultivo da uva e na construção de um legado.

— O espaço é uma expressão da comunidade e de seu trabalho. Eu vejo como uma extensão da Vinícola Malacarne e uma representação das outras mais de 16 vinícolas que estão na comunidade de Alfredo Chaves. Ele também possibilita visualizar, de cima da torre, todos os parreirais de um povo que faz seu trabalho diário com muito amor.

Além das paisagens e produtos, o visitante leva para casa histórias, sabores e o sentimento de ter conhecido um lugar com alma própria.

— Todos os visitantes que passam pelo Paradouro do Suco voltam sabendo um pouco mais sobre a comunidade em que estiveram, seja pelos produtos consumidos, pelas belezas apreciadas ou pelas histórias contadas da grande Alfredo Chaves — aponta Isadora.

A história de Alfredo Chaves também se escreve no tempo. Muito antes de outras localidades da cidade se estruturarem, o Travessão já era passagem para tropeiros e comerciantes, hospedando viajantes e iluminando suas noites com lamparinas.

— O Travessão Alfredo Chaves já recebeu em seu coração a estrada que ligava Vacaria e Caxias, na qual os tropeiros passavam e se hospedavam durante suas viagens de comércio. Antes mesmo de outros locais existirem, nossa comunidade possuía pousadas, pequenos comércios e até mesmo um funcionário somente para acender as lamparinas durante a noite e apagar durante o dia — destaca Isadora.

Hoje, parte dessa história segue viva e se renova com a força da rota Caminhos do Alfredo, que conecta empreendimentos locais e valoriza as riquezas da comunidade.

Um convite ao interior

A rota Caminhos do Alfredo – Enoturismo Rural reúne 11 empreendimentos que combinam tradição, acolhimento e experiências autênticas. Ao longo do trajeto, é possível visitar vinícolas familiares, provar delícias da gastronomia italiana, fazer trilhas em meio à natureza e conhecer um pedaço da história da nossa comunidade. Mais do que um passeio, a rota é um convite para viver o interior de forma genuína com tempo, conversa e muito sabor.

Gustavo Gelain, diretor e sommelier da Cantina Gelain, afirma que, desde que a vinícola passou a integrar a rota turística, viu o empreendimento tomar novos rumos.

— Sem dúvida, desde que passamos a integrar a rota tivemos outra dinâmica e passamos a ter um maior número de visitantes. Com isso, tivemos um aumento no consumo dos vinhos e espumantes, no número de almoços típicos italianos no restaurante Nona Adelaide e também na visitação ao Mirante Gelain. A entrada na rota contribuiu para ampliar as conexões com turistas que passaram a enxergar os empreendimentos como parte de uma experiência integrada — aponta.

A diversidade de atrativos oferecidos ao longo do trajeto fortalece o potencial de cada negócio. A divulgação conjunta alcança mais potenciais interessados e a proximidade cria novas oportunidades de roteiros para quem aprecia o turismo enogastronômico.

— É notório que aumentou a visibilidade dos estabelecimentos da Cantina Gelain através desta propaganda conjunta pelos Caminhos do Alfredo — completa o diretor e sommelier Gustavo Gelain, ao comentar os efeitos dessa articulação coletiva.

Os empreendimentos que fazem parte da rota turística:

Caldart Graspa Artesanal
Paradouro do Suco
Vinhos Fabian
Terrasul Vinhos Finos
Vinhos Viapiana
Vinícola Bebber
Vinícola Scortese
Gran Nero Presunto Cru
Sucos Della Famiglia
Cantina Gelain
Colônia Família Bordin

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