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Em visita à Flores da Cunha, Comandante Nádia afirma que “emenda é compra de voto”

Vereadora de Porto Alegre e pré-candidata a deputada estadual esteve na Terra do Galo para conversar com mulheres do PL
(Foto: Kauan Almeida)

De passagem pela Serra para participar do 7º Fórum da Mulher Empreendedora Gaúcha, a vereadora de Porto Alegre, Comandante Nádia (PL), incluiu Flores da Cunha em seu roteiro. Pré-candidata a deputada estadual, ela aproveitou a vinda a Caxias do Sul, onde conduziu o painel de abertura do evento realizado na Universidade de Caxias do Sul (UCS), para se reunir com lideranças do PL e dialogar sobre temas como política, segurança pública e desenvolvimento regional.

Conhecida pelo posicionamento firme e pelas críticas ao governo federal, Nádia falou com O Florense sobre o cenário eleitoral, o uso de emendas parlamentares e os desafios da segurança no país. Na conversa, defendeu a valorização da política regional, criticou a centralização de recursos em Brasília e se posicionou de forma contundente sobre o atual sistema de distribuição de verbas e os rumos da segurança pública no Brasil. Confira os principais trechos da entrevista:

O Florense: O que lhe trouxe à Flores da Cunha?

Comandante Nádia: Vir a Caxias sem passar por Flores, para mim é um desaforo, né? Temos que vir a essa cidade tão próspera, com cidadãos que pensam como eu penso. Pessoas que valorizam a família, o empreendedorismo, as oportunidades de trabalho. Flores é uma cidade que tem se mostrado ao longo do tempo como uma referência, oferece educação de qualidade, uma saúde que atende a todos e abre espaço para a juventude. Então, passar por aqui é quase uma obrigação. Além disso, vim dar um abraço nas mulheres do PL Mulher, essas guerreiras que fazem a diferença. A presença das mulheres na política é essencial. Elas têm olhares e competências diferentes dos homens, e quando homens e mulheres trabalham juntos por uma sociedade melhor, todos ganham. Eu acredito muito nisso.

A senhora é pré-candidata a deputada estadual. Como avalia o cenário político para as próximas eleições?

Antes de tudo, precisamos olhar para a eleição federal. O que estamos vendo hoje? Um governo que gasta demais, que não cumpre o que promete e que, na minha visão, está afundando o Brasil. É um governo centralizador, ineficiente, que não entrega resultado. Nesse cenário, o papel do eleitor é fundamental. Ele precisa estar atento e buscar a melhor solução, com responsabilidade. Não dá mais para errar. Tanto os deputados quanto os senadores precisam entender seu papel no equilíbrio das forças, são eles que vão fazer as travas para excessos do executivo. Hoje me parece que tem muitos que estão apenas se locupletando, esquecem de que o voto que lhes foi concedido é um voto para representar as pessoas diante daquilo que elas têm de demandas

Qual a sua opinião sobre o uso de emendas parlamentares?

Emenda é compra de voto. Emenda é compra de voto total. Aumentaram muito, mas ninguém sabe ao certo para onde foram, quem recebeu, o que aconteceu. Falta transparência. Na época do Bolsonaro chamavam de “emendas secretas”. Agora viraram “emendas de bancada”. Mas, sinceramente, piorou. Hoje é assim: se o parlamentar vota com o governo, ganha emenda. Se vota contra, não recebe nada. Isso cria um sistema viciado, que premia a submissão e pune a independência. O Pacto Federativo é um desastre. Ele penaliza estados como o nosso, que produzem muito, e favorece estados que pouco produzem. Os tributos que o Rio Grande do Sul arrecada vão para Brasília e voltam em forma de migalhas.

A senhora tem um histórico ligado à segurança pública. Como vê os recentes episódios de violência nas escolas e o papel do poder público?

É uma preocupação constante. Sempre que acontece um caso como esse que ocorreu no município de Estação, a sociedade toda se sensibiliza. Recentemente tivemos aqui na região um novo episódio, desta vez entre alunos da própria escola. Nos assusta. O problema é que a segurança pública está sendo desmontada. O governo federal quer desmilitarizar as Polícias Militares, tirar a autonomia dos estados e concentrar o controle em Brasília. Querem uma polícia sob comando federal, e eu não tenho receio de dizer: isso é um modelo quase miliciano. Os governadores precisam continuar sendo os comandantes das suas polícias. Além disso, as leis seguem favorecendo o criminoso. O cara é condenado a 30 anos e cumpre um sexto da pena.

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