A busca por soluções concretas para os desafios enfrentados pelas escolas estaduais mobilizou diferentes esferas do poder público em Flores da Cunha. A iniciativa partiu da presidente da Câmara, vereadora Silvana De Carli (PP), que articulou uma reunião no gabinete do prefeito em exercício, Marcio Rech (PL), nesta quarta-feira (2), com representantes municipais e da 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).
Estiveram presentes a coordenadora da 4ª CRE, Cristina da Silva Boeira Fabris; a secretária municipal de Educação, Neide Sonda de Godoy; a diretora da escola Professor Targa, Andreia Pegoraro; os vereadores Diego Tonet (PP) e Silvana De Carli, além do prefeito em exercício.
A escola Professor Targa, que hoje opera com cerca de 40% da estrutura inutilizada, esteve no centro das discussões. O tema já havia sido abordado na edição 1.825 do Jornal O Florense, que denunciou a negligência em relação à situação do prédio. A pauta envolveu também as escolas Frei Caneca, Horácio Borghetti e São Rafael.
Iniciativa do Legislativo
A vereadora Silvana De Carli destacou o papel da Comissão de Educação da Câmara na interlocução com as escolas e justificou a convocação da reunião como forma de unir os esforços.
— Na Câmara temos feito visitas através da Comissão de Educação e sempre recebemos demandas das escolas estaduais que acabávamos repassando aos deputados. Sentimos a necessidade de reunir todos os entes do município para conversarmos com a coordenadora e nos colocarmos à disposição para auxiliar nas demandas das escolas estaduais — afirmou.
Ela também detalhou alguns encaminhamentos obtidos durante o encontro.
— Sobre a escola Targa, a empresa que fará a obra já foi fazer uma visita, e eles irão se manifestar com o orçamento. O Estado também está designando uma arquiteta para acompanhar o projeto. Fizemos ainda solicitações do São Rafael, o projeto também está encaminhado. Da escola Frei Caneca ainda não há projeto, mas temos algumas demandas. Achamos importante, enquanto município, se posicionar; estamos sempre abertos às demandas das escolas estaduais — completou.
Foco na Targa
A situação da escola Professor Targa motivou parte central da conversa, que buscou esclarecer os entraves e prazos para o início das obras.
— Tivemos uma boa reunião com a 4ª CRE. O motivo pelo qual nos reunimos foi para nos colocarmos à disposição e entender o que está faltando por parte do governo do Estado para resolvermos de uma vez por todas os problemas estruturais que nós temos na escola Targa. A reunião foi para cobrar e se colocar à disposição naquilo que for preciso, entendermos os prazos e o porquê da demora. Ainda que seja uma escola estadual, são alunos do nosso município — afirmou o prefeito em exercício, Marcio Rech.
Segundo a coordenadora da 4ª CRE, o processo licitatório para reformas nas escolas já foi realizado e contempla valores para diferentes instituições. A escola Targa passou a ser tratada como prioridade diante da restrição de uso em parte da estrutura.
— Foi bastante produtivo. A coordenadora (Cristina da Silva Boeira Fabris) disse que tem conhecimento das demandas e que está encaminhando junto ao Estado. Ela nos passou que já houve um processo licitatório que possui registros de valores para solucionar o problema de diversas escolas e, agora, Flores está com prioridade, a partir do momento que 40% da escola está sem uso. A diretora da escola (Andreia Pegoraro) também reforçou as demandas — pontuou Rech.
Atuação conjunta
Além da escola Targa, o encontro abordou as necessidades das demais instituições da rede estadual. A ideia, segundo Rech, é fortalecer a atuação conjunta entre os diferentes níveis de gestão.
— O tema da reunião não foi só a escola Targa. Também conversamos sobre todas as escolas estaduais do município. Nos colocamos à disposição, principalmente, para trabalharmos juntos, para que as diretoras das escolas estaduais também estejam mais próximas do Legislativo e do Executivo, para que, unindo esforços, a gente consiga melhorar cada vez mais a educação do nosso município — concluiu.