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APAE fortalece inclusão e laços comunitários no São José

Instituição é referência no acolhimento e atendimento a pessoas com deficiência
(Foto: Klisman Oliveira)

Com mais de 50 anos de história, a APAE de Flores da Cunha é uma das instituições mais respeitadas da região, referência em inclusão e acolhimento. Fundada em 30 de agosto de 1973, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais tem no bairro São José o espaço ideal para cumprir sua missão de cuidar e promover o desenvolvimento de pessoas com deficiência. Seu trabalho abrange não apenas Flores da Cunha, mas também a vizinha Nova Pádua.

Instalada em uma sede ampla e adaptada às necessidades dos usuários, a APAE conta com sala sensorial, horta, piscina térmica para hidroterapia e atividades físicas, além do grupo de convivência “Fortalecer”, que promove vínculos e bem-estar. Com uma equipe de 33 funcionários e o apoio de cinco voluntários, a instituição oferece atendimentos nas áreas de assistência social, educação e saúde.

— Hoje estamos atendendo aproximadamente 140 famílias. Esse serviço só está crescendo — destaca, com orgulho, a diretora Maria Branchini, que há 16 anos está a frente da instituição símbolo de acolhimento, inclusão e esperança à região.

Falta de terapeutas e fonoaudiólogos

A instituição acolhe usuários com deficiência física, intelectual e múltipla, oferecendo também suporte às suas famílias. Na questão educacional, os atendimentos seguem o currículo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com reforço em disciplinas como informática educativa, arte e educação física.

Mesmo diante de tantos avanços, a APAE enfrenta desafios diários para manter suas atividades. A sustentabilidade financeira é uma constante preocupação da diretoria.

— Na questão financeira a gente sempre vai ter necessidade, né? Porque vivemos de doações, de verbas municipais, estaduais e federais. Quando perdemos alguma doação, já sai um pouquinho do controle. Porque a gente tem as contas muito equiparadas. Entra aquele valor X e a gente gasta esse valor X. Conseguimos manter as nossas contas, mas não um caixa — explica Maria.

Para reduzir custos, a entidade instalou um sistema de energia fotovoltaica que gerou uma economia de até 85% na conta de luz. As placas solares também são responsáveis pelo aquecimento da água da piscina, das torneiras e do sistema de calefação da sede.

— As maiores demandas, hoje, são os profissionais que nós precisamos para o atendimento, que é especializado, principalmente terapeuta ocupacional e fonoaudióloga — ressalta a diretora.

Um dos avanços mais recentes é a construção de uma quadra de esportes, um sonho antigo que começa a sair do papel.

— Um grande avanço é que estamos com a obra iniciada da quadra de esportes. Isso será um ganho para os nossos alunos e para os nossos atendidos. A prática de esportes favorece muito os alunos. Eles estão ansiosos para ver como é que vai ficar essa quadra. Ela é uma quadra externa, por enquanto não vai ser coberta, mas vai proporcionar muitas atividades e eu acredito que muitos momentos felizes para eles. Eles adoram futebol, adoram exercício, competição e atletismo — conta.

Vínculo com o São José

A presença da APAE também reforça os laços comunitários no bairro São José. Segundo Maria, o relacionamento com a vizinhança é de parceria e solidariedade.

— A gente tem uma relação muito bacana com o bairro.Sempre que a gente precisou utilizar o salão da comunidade, sempre que a gente precisou utilizar a quadra de esportes, tudo nos foi emprestado e nunca nos cobraram. Digo que nos sentimos bem acolhidos aqui. Quando se fala da APAE as pessoas colaboram com as nossas atividades — aponta a diretora.

Além de sediar a APAE, o bairro São José conta com uma estrutura robusta que inclui escola, hotel, sindicato e comércios.

— Eu acho o bairro São José fantástico, porque temos um hotel, temos a APAE, um sindicato, uma escola. Acredito que aqui só faltaria uma farmácia, porque o restante já tem tudo — observa Maria.

— A APAE trouxe para cá aquele momento que podemos chamar de socialização das pessoas. A comunidade quer entender, conhecer e participar mais do trabalho da APAE e se mobiliza. Aqui no bairro se você falar qualquer coisa relacionada a APAE todo mundo está pronto. Nós nos sentimos acolhidos e abraçados pela comunidade do São José — completa.

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