As exportações da indústria de transformação do Rio Grande do Sul alcançaram US$ 1,3 bilhão em julho, elevação de 36,8% na comparação com o mês de 2020. No acumulado do ano, as vendas externas totalizaram US$ 7,5 bilhões, valor 31,1% maior em relação a igual período do ano anterior. “O resultado do ano deixa as exportações gaúchas 3% acima do nível de 2019, anterior à crise provocada pela pandemia, que em 2020 prejudicou demais as vendas externas”, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry.
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Dos 24 segmentos da indústria, 20 assinalaram aumento do valor exportado na base mensal. Com exceção de tabaco (-25,8%) e veículos automotores (-18,5%), todos os grandes setores exportadores avançaram sobre julho de 2020. Alimentos registrou crescimento de 41,2%, atribuído aos embarques de farelo de soja. Celulose e papel obteve o maior crescimento entre os setores, 92,2%, puxado pelas vendas para a China, Estados Unidos e Taiwan. Químicos também registrou forte alta, superior a 78%, com o crescimento continuado das exportações para os Estados Unidos, Argentina e Chile. Couro e calçados, um dos segmentos que mais sofreu perdas durante a crise, registrou a terceira maior alta, de 71,9%.
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Em especial ao setor de veículos automotores, a demanda externa ainda não recuperou os patamares acumulados de 2019, e segue 47,3% abaixo, em função da contração das vendas para os principais parceiros comerciais do setor. Quando analisado em relação ao acumulado de janeiro a julho de 2021 com o mesmo período de 2019, os embarques para Argentina (-47,8%), Chile (-64,1%), Estados Unidos (-21,4%), Colômbia (-75,2%), Peru (-66,1%) e México (-47,8%) seguem significativamente abaixo.
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Além disso, sob a mesma base de comparação, a demanda continua ainda muito reprimida pelos principais produtos exportados do segmento, principalmente automóveis (-84,2%), autopeças (-11,3%), chassis e carroçarias (-41,9%) e ônibus (-80,7%). “O cenário de uma demanda externa ainda reprimida nesse setor, conjugado com as dificuldades de aquisição de insumos e matérias-primas, impede a recuperação completa das exportações industriais do Estado”, destaca o presidente da FIERGS, lembrando a importância desse segmento em termos de geração de valor agregado para a economia do Rio Grande do Sul.
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Quanto aos principais destinos das exportações totais do Estado, em comparação a julho de 2020, destaca-se o avanço de Estados Unidos, com mais 57,7%, Argentina, 32,5%, e China, 19,9%. Pelo lado das importações, em julho o Estado adquiriu US$ 1,1 bilhão em mercadorias, configurando uma demanda 46,7% maior ante julho de 2020. No acumulado do ano, o Rio Grande do Sul importou US$ 5,8 bilhões, resultado 37,8% superior ao mesmo período do ano passado. Com exceção de combustíveis e lubrificantes, todas as grandes categorias apresentaram crescimento das importações, sendo o maior avanço em bens intermediários (+US$ 1,3 bilhão).
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