Home Destaque “Não pretendo sair de Nova Pádua”, diz jovem empreendedora do município

“Não pretendo sair de Nova Pádua”, diz jovem empreendedora do município

Novas gerações apostam no agro e no turismo para desenvolver o Pequeno Paraíso Italiano

Andreza Marostica é proprietária da L’onore destilados e do Doutrolado bar e restaurante (Foto: Klisman Oliveira)

Ao celebrar os 33 anos de Nova Pádua, na próxima quinta-feira (20), observa-se uma história de desenvolvimento impulsionado pelo agronegócio e pelo turismo. Aprendizado que guia o futuro. Entre os exemplos de quem aposta nesse potencial está a jovem empreendedora Andreza Marostica, 30 anos, que, junto com sua família, administra dois empreendimentos no Pequeno Paraíso Italiano: a L’onore, especializada em destilados à base de frutas, e o Doutrolado, bar e restaurante.

— A gente vê que Nova Pádua está em crescimento na área turística e rural, e muitas pessoas estão enxergando o potencial do município, tanto pessoas da região querendo investir quanto pessoas de fora. Consequentemente, Nova Pádua tem muito a crescer, além de novos atrativos que estão sendo identificados e trazidos para a cidade. Vejo que, a longo prazo, nosso município tem tudo para se tornar um grande polo no turismo e no agronegócio — opina a empreendedora.

O desenvolvimento do município anda de mãos dadas com a tradição agrícola, setor ainda essencial para a economia. No caso de Andreza, essa conexão entre o agro e o turismo é ainda mais forte, já que sua família trabalha diretamente com a produção de uva, pêssego, laranja e outras frutas que formam a base de seus empreendimentos.

— Quando montamos nossa empresa de destilados, precisamos usar os dois polos: o agrícola e o turístico. Eu dependo da colônia para tocar meu empreendimento, pois minha renda vem dela. Tenho produção de uva, pêssego, laranja, enfim, toda essa parte agrícola. Sem a colônia, não conseguiria construir o restaurante, então uma coisa caminha junto com a outra. No nosso caso, dependemos 100% da agricultura para que nossos empreendimentos deem certo e vejo que uma coisa necessita da outra — avalia.

Esta conexão entre a agricultura e o turismo soma-se ao espírito empreendedor dos jovens que foram influenciados pela herança italiana. Para Andreza, esta é a “fórmula” que deve garantir o futuro de Nova Pádua.

— Eu vejo que o imigrante italiano é uma pessoa muito determinada, e nós somos assim porque somos descendentes deles. Nosso instinto é botar a mão na massa, querer e fazer. Somos um povo trabalhador e esse é o futuro do município — destaca.

Apesar do temor inicial, natural ao abrir um negócio, Andreza conta que encontrou suporte na comunidade, que acolheu sua família e seus projetos.

— No início, fiquei com receio: será que vai ter gente? Será que vai ter demanda? Acho que todo mundo, quando abre um empreendimento, tem esse medo: “E se não der certo?”. Porém, Nova Pádua nos acolheu muito bem. Quando entramos no roteiro turístico, fomos abraçados. Percebo que, tanto na L’onore quanto no restaurante, recebo muito público de Nova Pádua. O pessoal daqui nos prestigia muito. Então, existe essa troca bacana: eles gostam dos nossos produtos, vêm, visitam, tanto um quanto o outro. Nosso maior privilégio e algo que nos deixa muito felizes é receber o pessoal de Nova Pádua — revela.

Inovação e tradição

O bar e restaurante Doutrolado chama atenção por trazer um conceito único para a região.

— É o primeiro restaurante do Brasil especializado em comidas alcoólicas. Trabalhamos com uma cozinha contemporânea, mas sem perder os traços da culinária típica da nossa região, trazendo um toque de sofisticação — detalha Andreza Marostica.

Aos jovens que pensam em abrir um negócio, Andreza deixa um conselho: é preciso coragem para dar o primeiro passo e determinação para persistir e seguir em frente.

— Diria para não terem medo. É algo que exige esforço e vontade. O jovem paduense não tem medo e põe a mão na massa. Então, eu diria: vai e tenta!

No caso da jovem empreendedora, a conexão com Nova Pádua vai além dos negócios. O orgulho por suas origens a mantém firme no propósito de crescer junto com o município.

— Ser paduense é uma honra e não pretendo sair de Nova Pádua. Temos orgulho de dizer que somos paduenses, por toda a nossa bagagem e comprometimento, e esperamos que os jovens permaneçam aqui, buscando investir ou construir sua vida em Nova Pádua. Digo às pessoas que temos um grande futuro pela frente — finaliza Andreza.

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