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O plano do Centro Empresarial contra a falta de mão de obra em Flores da Cunha

Centro Empresarial definiu seis eixos para trabalhar e enfrentar a falta de trabalhadores

Após a pesquisa da semana passada, que ouviu 373 pessoas e deu números à escassez de mão de obra em Flores da Cunha, o Centro Empresarial apresenta seu contra-ataque. Com seis eixos definidos, o Plano de Ação Integrado apresenta um planejamento abrangente para enfrentar a falta de mão de obra e promover o desenvolvimento regional.

A dificuldade em encontrar e manter trabalhadores afeta todas as empresas e não é um problema exclusivo de Flores da Cunha. O movimento empresarial, desta forma, pretende manter a Terra do Galo na vanguarda. Com estudos, qualificações coletivas e análises de dados, o plano pretende encontrar caminhos e motivar mudanças sociais que atraiam e mantenham talentos em Flores da Cunha.
Em entrevista ao jornal O Florense (leia abaixo), o presidente do Centro Empresarial, Gilberto Boscato, explica que o problema afeta a todos, por isso a solução também precisa ser coletiva. Ele detalha os objetivos do plano integrado e como deverá ser o desenvolvimento destas ações ao longo de 2026.

Transformando Flores da Cunha em referência regional

  • Eixo 1: Protagonismo Profissional = Iniciativas focadas no desenvolvimento e reconhecimento profissional.
  • Eixo 2: Projeto “Cidade que Conecta” = Foco em promover a cidade e integrar a comunidade para atrair e reter talentos. Qualidade de vida, pertencimento e oportunidades.
  • Eixo 3: Academia Empresarial = Aprendizado contínuo e inteligência aplicada aos negócios para profissionais e líderes.
  • Eixo 4: Geração de Futuro = Foco em engajar e preparar a Geração Z para o mercado de trabalho local.
  • Eixo 5: Empresas em movimento = Fortalecer a corresponsabilidade na retenção de talentos e Desenvolvimento Local.
  • Eixo 6: Inteligência de Mercado = Coleta e análise de dados para embasar decisões e otimizar ações.

“Todas as câmaras e os comitês irão trabalhar juntos”

O Florense: O que é este plano de ação integrado?
Gilberto Boscato: A pesquisa (apresentada na semana passada) nos mostrou que a escassez de mão de obra nos afeta muito. Haviam algumas ações que estávamos fazendo e outras que vamos dar uma acelerada. Tudo isso será discutido e trabalhado em conjunto. Vamos incluir todas as câmaras, comitês e núcleos do Centro Empresarial. Não iremos colocar tudo em cima de uma pessoa só. Precisamos estar em contato direto com as empresas: O que a gente realiza? Está dando certo? Para que lado iremos atuar mais? Todas as câmaras e os comitês irão trabalhar juntos neste foco. Esses eixos representam todo este conjunto. Queremos focar realmente na escassez da mão de obra.

Há cronograma de ações?
É um plano que ainda estamos desenvolvendo. A aplicação vai começar no ano que vem. Estamos adaptando. A ideia é ver qual destes eixos pode ter uma influência mais rápida. Mas, a princípio, os eixos deverão andar juntos no transcorrer do ano. Não é uma ordem. Todos terão suas próprias iniciativas e eventos.

No eixo 2, o que é o projeto “Cidade Que Conecta”?
Queremos dar visibilidade à qualidade de vida em Flores da Cunha. Algumas coisas, que são provincianas, atraem muita gente (para morar e trabalhar). Seja pela tranquilidade, pelo sentimento de pertencimento ou as oportunidades locais. Temos muita gente de fora que vem trabalhar. Podemos influenciar mais pessoas a quererem morar em Flores da Cunha. Isso, claro, passa pela questão imobiliária, que já temos levantado. É um assunto polêmico, que tem os prós e os contras, mas traremos para uma nova discussão. Sempre é tempo de se discutir. Um exemplo é o (limite de construção de) quatro andares (previsto no Plano Diretor). Concordo que na cidade é interessante, mas não poderia a uma distância X, ter um projeto que libere para oito andares? Iria baratear muito. São coisas para se discutir e aparecer novas ideias. É um fator que, em vários locais, têm sido comentado, essa área habitacional.

Como engajar e preparar a geração Z para o mercado de trabalho?
Estamos trabalhando nisso, já trouxemos um palestrante focado nessa área. Ele veio falar como é que a geração Z funciona, o que motiva, por onde que podemos estar com eles. Para mim, este é um dos pontos principais. Não adianta dizer que a geração Z está errada. Temos que encontrar um jeito de engajar eles nas empresas. O potencial desta geração é muito grande, mas o que é importante para eles? Precisamos nos adaptar um pouco, também. Nosso foco é entender a geração Z, conversar e encontrar um caminho.

No eixo 6, como será a coleta e análise de dados?
Pretendemos trabalhar bastante em cima de dados de pesquisas. Elas têm apresentado várias soluções e caminhos. A pesquisa salarial acredito que é uma das mais importantes. Precisamos ter indicadores locais. Costumo dizer que sempre é mais fácil tomar decisões em cima de números ou de estatísticas.

Como as empresas podem participar desse plano?
Todas empresas associadas ao Centro Empresarial serão convocadas a fazer parte. Todas elas precisam estar lá dentro. Qualquer empresa de qualquer tamanho. No Centro Empresarial, a empresa pequena, que tem cinco ou 10 funcionários, se é associada, tem o mesmo direito que todo mundo. Estamos à disposição e queremos trabalhar com todos.

O Centro Empresarial já teve um plano de ações deste porte?
Com esse tamanho, nunca tivemos. Fazíamos trabalhos individuais, como o que citei da geração Z no começo deste ano. Um plano tão extenso e tão fechado quanto esse é a primeira vez. Iremos monitorar, acompanhar e ver os resultados. Entender o que está acontecendo. Iremos analisar tudo, sempre. O tamanho do problema que a gente sentiu nessa pesquisa exigiu uma atitude. Entraremos agora na fase da ação e depois teremos as análises.

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