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Se falar com uma criança, na véspera da Páscoa, e falar de “ovos” vão se lembrar dos de Chocolate.
Gerações mais antigas, se lembrarão da preocupação das mães, que tinham que guardar ovos PARA A PÁSCOA. Ainda nestes dias, na imprensa, tem cara de pau, dizerem que os preços dos ovos, vão subir até a Páscoa.
No verão, as galinhas aos poucos iam praticamente parando de fazer ovos. Na nossa região colonial italiana, com tempo, iam ajuntando diversas dúzias de ovos e se guardavam em uma lata com cal. Lá se conservavam, na cantina fresca, e depois com o tempo, a cada dia, tinha a ordem de buscar tantos ovos para fazer a massa, o pão e também a fortaia. Sempre no meio se achava algum estragado “slosso”, com um cheiro muito ruim.
Mas a maior preocupação era para ter ovos PARA A PÁSCOA. Era época que vinham os tios e primos de longe, e nos últimos dias tinham que ser feitos biscoitos, cucas e pães. No sábado de Aleluia, era dia de fazer os agnolinis, em épocas que não havia refrigeração.
Pergunte para a nonna se ela também guardava ovos na “calcina”?
