Home Destaque “Não sosseguei até conseguir”, afirma a convicta dona do Adri Loiola Beauty Studio

“Não sosseguei até conseguir”, afirma a convicta dona do Adri Loiola Beauty Studio

De Manaus para Flores da Cunha, Adrienne Loiola construiu seu estúdio de unhas com determinação, apoio da família e o desejo de ajudar outras mulheres a alcançarem seus objetivos

(Foto: Paola Castro)

Quando criança, Adrienne Caroliny Loiola, 26 anos, tinha um sonho: ser manicure e abrir o próprio salão. Desejo que veio do exemplo de sua mãe, Adriana Lopes, 48, que, ao trabalhar em casa, encantava a pequena Adrienne com o barulho do esmalte e o cuidado demonstrado com cada cliente. Mas, como tantas histórias de mulheres, o caminho dela não foi fácil.

Adrienne nasceu em Boa Vista, em Roraima, mas foi em Manaus, no Amazonas, que cresceu e começou a moldar o próprio futuro.

— Quando eu era pequena, a minha mãe fazia unha em casa e eu achava muito bonito quando ela sacudia o esmalte e fazia barulho. Sempre quando ela estava fazendo a unha, eu estava ao lado dela. As primeiras vezes que eu fiz unha foi só de olhar ela fazendo. Me apaixonei por esta área — relembra com emoção.

Foi com essa paixão que Adrienne construiu seu caminho, mesmo sem a aceitação imediata de todos à sua volta.

— Minha mãe não queria que eu fosse manicure. Ela dizia que era para eu falar inglês e trabalhar bem arrumada. Mas, eu posso trabalhar bem arrumada fazendo unha também. Naquela época as pessoas não viam manicure como uma profissão de sucesso, era mais como um bico para ter um dinheiro extra. As pessoas não viam uma manicure podendo comprar um carro, uma casa, financiar um apartamento e conquistar posses. Hoje estamos conseguindo dar uma visibilidade diferente para a profissão de manicure que cada dia cresce mais — declara a manicure, que realizou seu sonho em Flores da Cunha, ao abrir o estúdio de beleza Adri Loiola.

— Falo para as minhas clientes, isso tudo é um sonho, eu ainda não cheguei aonde queria! Mas, eu já não estou no mesmo lugar. Cada dia eu dou um passo. Temos que ir conforme o passo que alcançamos. O importante é não parar e não desistir. Se eu falar que não teve momentos em que eu pensei em desistir, eu estarei mentindo.

 

De norte a sul

A jornada de Adrienne foi uma busca pela realização profissional, estabilidade financeira e qualidade de vida para a família. Com o marido, Jhonathan Loiola de Brito, 30, também natural de Manaus, e as duas filhas Alícia, 4, e Antonella, 5, a manicure decidiu recomeçar sua vida na Serra gaúcha. Uma forma de escapar de uma fase difícil de desemprego no Amazonas.

— Já tínhamos vontade de sair de Manaus, estávamos planejando irmos para Joinville, em Santa Catarina. Já tínhamos pesquisado tudo, só não tínhamos saído ainda porque precisávamos conseguir um aluguel — explica.

Ela conta que a tia Sônia Abreu e a prima Samara Abreu já moravam em Flores da Cunha, quando a avó paterna Berenice Dantas veio passar as férias e decidiu morar em terras gaúchas. Cerca de um mês depois, a matriarca sugeriu a Adrienne que eles se mudassem para a Terra do Galo por conta da ampla oferta de trabalho. Foi assim, que a família optou pela cidade.

 

“Eu vivo da unha”

Na Terra do Galo, Adrienne encontrou a chance de colocar em prática o sonho de infância e criar o seu estúdio Adri Loiola, na rua Andrade Neves.

— Eu não sosseguei até conseguir o que eu queria. Não é que eu não parasse em nenhum lugar, mas eu sabia o que eu desejava e onde eu gostaria de chegar. Eu sabia que era o momento porque Deus estava me abençoando e isso tudo aqui é um sonho para mim. Sonho com isso desde que eu era criança — diz ela, que passou por três salões de beleza e também atendia clientes em casa antes de finalmente abrir o espaço próprio.

Há um ano e dois meses à frente do estúdio, a manicure e empresária reforça o desejo de ajudar outras mulheres.

— Eu vejo o estúdio Adri Loiola como algo grande lá na frente. Precisamos parar de ter vergonha de dizer que queremos ser prósperos, não por status ou por orgulho, mas para deixar um legado para as nossas filhas. Eu lutei muito para chegar até aqui, então vou lutar muito para chegar até lá também. Se eu puder ter outras unidades e dar oportunidade para outras pessoas começarem, como eu tive, eu irei — afirma a profissional que trabalha na área da beleza desde os 17 anos.

Apesar de ter dedicado praticamente toda a carreira profissional ao ramo da beleza, atuando como manicure, pedicure, designer de sobrancelhas e de cílios, Adrienne soma uma passagem pela Móveis Florense no setor de acabamentos e também teve uma marca própria de sacolés gourmets — conhecido também como din-din no norte do país.

— Hoje eu estou só na unha e na sobrancelha para poder me focar mais. Quero me especializar em técnicas novas e graças a Deus eu vivo da unha — assegura.
Ela conta que ao longo da trajetória, recebeu o apoio de seu marido, Jhonathan, que sempre acreditou nela, mesmo quando outras pessoas diziam que não era o momento certo para investir em um novo projeto. Hoje, Adrienne se sente realizada por ter conquistado o espaço, mas o sonho não para por aí. Ela quer mais.

— Vejo (o estúdio) com expansão, algo maior com exposição e referência no mundo da unha no futuro. Como um lugar que gera oportunidade para pessoas que estão iniciando. Algumas pessoas já me perguntaram se eu não quero dar curso, dizem que me expresso bem e explico bem. Quando estou fazendo a unha e explicando o que estou fazendo. Não é algo para agora, mas penso em dar curso futuramente — declara a ambiciosa manicure.

 

Conheça outras seis histórias de inspiração e superação

Sete mulheres com trajetórias marcantes são homenageadas por suas contribuições e força transformadora na comunidade de Flores da Cunha e Nova Pádua. Um pequeno exemplo do que se deve ser lembrado, valorizado e conquistado pelo Dia Internacional das Mulheres.  Por terem trajetórias que emocionam e inspiram,  confira as histórias de outras seis mulheres que ensinam e fazem parte da comunidade.

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