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(Foto: Raphael Maksian, divulgação)

Com o aumento das temperaturas no verão, os riscos de viroses e intoxicações alimentares também crescem. O calor acelera a deterioração dos alimentos, exigindo cuidados redobrados com a conservação, higiene e hidratação. Para orientar a população, a nutricionista Roberta Pappis, do Círculo Saúde, compartilha recomendações para um verão mais seguro.

Conservação adequada evita contaminação

A escolha e o armazenamento correto dos alimentos são fundamentais para evitar doenças gastrointestinais.

— Para uma adequada conservação, mantenha os alimentos sob refrigeração e evite deixá-los expostos por muito tempo. Se for passar o dia fora, uma caixa térmica é uma ótima opção para conservar a temperatura adequada e evitar a proliferação de bactérias — orienta Roberta.

Sempre que possível, dê preferência a alimentos frescos e bem cozidos. Opções cruas, como saladas, frutas, sucos, água de coco e sushi, podem representar riscos em locais sem condições adequadas de higiene.

— Se não houver certeza sobre a procedência dos ingredientes e a forma como foram armazenados, o ideal é evitar — alerta a especialista.

Higienização correta é essencial

A limpeza adequada dos alimentos também é determinante para prevenir contaminação.

— Frutas e vegetais devem ser lavados com água potável e uma solução de hipoclorito: para cada litro de água, use uma colher de sopa de hipoclorito e deixe de molho por 10 minutos antes de enxaguar em água corrente — ensina Roberta.

Ao contrário do que muitos acreditam, vinagre e soluções caseiras não são eficazes para eliminar microrganismos. Outro ponto importante é manter utensílios e superfícies limpos, evitando a contaminação cruzada entre carnes e vegetais.

Hidratação segura evita doenças

Beber líquidos é fundamental no calor, mas alguns cuidados são necessários.

— O ideal é consumir água filtrada ou mineral ao longo do dia e evitar gelo de procedência desconhecida, que pode conter bactérias e causar infecções gastrointestinais — alerta Roberta.

Sucos naturais e água de coco também ajudam na hidratação, mas devem ser consumidos imediatamente após o preparo. Bebidas industrializadas, por sua vez, costumam ter alto teor de açúcar e aditivos químicos, sendo melhor evitá-las.

Higiene pessoal previne viroses

Locais com grande circulação, como praias e clubes, favorecem a disseminação de viroses gastrointestinais.

— Lavar bem as mãos com água e sabão, principalmente antes das refeições, depois de usar o banheiro e ao chegar da rua, é uma das formas mais eficazes de prevenir viroses. Quando não for possível, o álcool em gel 70% é uma alternativa segura — recomenda a nutricionista.

Outra prática importante é evitar compartilhar utensílios, como copos e talheres, que podem ser veículos de transmissão de vírus e bactérias.

Diferença entre virose e intoxicação alimentar

Os sintomas de viroses e intoxicações alimentares podem ser semelhantes, mas há diferenças. Viroses são causadas por vírus e costumam apresentar náuseas, vômito, diarreia, febre e dores no corpo, sendo transmitidas por contato com superfícies ou alimentos contaminados.

A intoxicação alimentar ocorre por bactérias ou toxinas em alimentos mal armazenados ou preparados de forma inadequada. Os sintomas incluem diarreia intensa, vômito, dores abdominais e, em alguns casos, febre. Se os sintomas forem persistentes por mais de 48 horas, é fundamental buscar atendimento médico.

Proteção contra o sol é indispensável

O calor excessivo também representa riscos à pele e à saúde em geral.

— Ao se expor ao sol, proteja sua pele com filtro solar de boa qualidade e reaplique-o ao longo do dia. Se for sair, opte pelo uso de roupas leves e com fator de proteção UV, chapéus, bonés e óculos de sol. Isso ajuda a minimizar os danos causados pelos raios ultravioleta — reforça Roberta.

Para prevenir desidratação e insolacão, o consumo de líquidos deve ser frequente.