Home Colunas 21 de fevereiro: Dia Nacional do Imigrante Italiano

21 de fevereiro: Dia Nacional do Imigrante Italiano

A data foi instituída para homenagear o povo italiano, honrar os descendentes dos imigrantes e celebrar a importância da comunidade italiana

Além da celebração dos 150 anos da Imigração italiana no Rio Grande do Sul, em 20 de maio em Nova Milano, o Brasil festejou na última sexta-feira (21), os “imigrantes italianos de todo o Brasil.” O nosso país abriga a maior comunidade de descendentes de italianos do mundo, estimada em cerca de 32 milhões de pessoas. Esses números nos dão a dimensão dos laços de sangue entre nossos países.

O Dia Nacional do Imigrante foi significativamente instituído para homenagear o povo italiano, honrar os descendentes dos imigrantes e celebrar a importância que a comunidade italiana representou – e ainda representa – para a construção e desenvolvimento do Brasil. Foi instituído com a Lei n. 11.687 de 12 de junho de 2008, assinada pelo então vice-presidente da República José de Alencar.

É comemorado todos os anos no dia 21 de fevereiro, em memória da histórica expedição de Pietro Tabacchi ao Espírito Santo, em 1874, evento que simboliza o início do processo de migração em massa de italianos para o Brasil. Em janeiro daquele ano, o navio “La Sofia” zarpou de Gênova e, em fevereiro, trouxe ao Brasil os 386 imigrantes trentinos e vênetos que partiram da Itália. A imigração foi a convite de Tabacchi, o qual, já radicado no Brasil desde 1850, era proprietário de uma fazenda na região de Santa Cruz (atual Aracruz), batizada de “Nova Trento” em homenagem a sua terra natal no atual estado do Espírito Santo.

Esta é uma história que já remonta há mais de um século e meio atrás, fala as línguas dos dois países e entrelaça dialetos e tradições regionais. Em destaque no trabalho agrícola, do futebol à vinificação, da engenharia à biotecnologia, da proteção ambiental à pesquisa, demos e continuamos a dar vida a um caldeirão incrivelmente rico de intercâmbios, que Itália e Brasil pretendem continuar explorando e valorizando.

A união dos povos e das duas bandeiras, a brasileira e italiana; a saída dos imigrantes, e no Brasil a cultura da uva e vinho, dos cafezais, a mãe que acolhe o novo filho. Foto: Reprodução.

Amor à terra e o trabalho

A imigração italiana para o Brasil foi um fenômeno significativo, motivado principalmente por questões econômicas e sociais. Entre 1860 e 1920, cerca de 7 milhões de italianos deixaram seu país em busca de melhores condições de vida. Os primeiros imigrantes chegaram ao Brasil a partir de 1870, atraídos pelo governo brasileiro que buscava substituir a mão de obra escrava após a abolição do tráfico de escravos.

Os italianos se estabeleceram principalmente na região sul, em colônias como a Serra gaúcha, onde começaram a cultivar uvas e produzir vinhos. Ao chegarem ao Brasil, muitos migraram para a região sudeste, especialmente para o estado de São Paulo, em busca de trabalho nas fazendas de café. Alguns conseguiram prosperar e se tornaram empreendedores, contribuindo para o desenvolvimento econômico do Brasil.

Os italianos trouxeram uma rica herança cultural, que se reflete em várias tradições brasileiras, como a culinária, a agricultura, a indústria, o comércio, os transportes, as artes, a política…

Em substituição à mão de obra escrava, os italianos se dedicam ao trabalho nos cafezais paulistas. Foto: Reprodução.

Rudimentar parreiral, para matar a saudade. Foto: Reprodução.

Monumento aos imigrantes em Caxias do Sul

A mais importante cidade da região colonial italiana, Caxias do Sul, que foi colonizada a partir de uma clareira deixada por indígenas, assume os nomes de Campo dos Bugres, Sede Dante, Fundos de Nova Palmira e Colônia Caxias. Para homenagear os imigrantes, Caxias começou a liderar a construção de um monumento, que posteriormente, o Governo Federal, através do presidente Getúlio Vargas, transformou o mesmo, em “Monumeto Nacional aos Imigrantes”, portanto, para todas as etnias.

A significativa obra, é pois, uma homenagem a todos os imigrantes, especialmente aos italianos, que contribuíram para a formação e o progresso do país. Inaugurado em 28 de fevereiro de 1954, o monumento foi idealizado pelo escultor Antônio Caringi e é composto por um grande grupo escultórico em bronze, representando um casal de agricultores com uma criança e uma enxada.

Além disso, um obelisco com imagens alegóricas complementa a obra, simbolizando a posse e o cultivo da terra, bem como a união entre as forças civis e militares.

A construção do monumento começou em 1951, após a escolha do projeto em um concurso promovido por uma comissão comunitária. Em 1953, a Lei 1.801 ampliou a homenagem para incluir todas as etnias que ajudaram na colonização do Brasil, tornando-o um monumento nacional.

O monumento passou por restaurações entre 1999 e 2002 e, em 2016, foi declarado um dos símbolos oficiais de Caxias do Sul. Ele também é associado à Medalha Monumento Nacional ao Imigrante, a principal comenda do município.

Monumento em Caxias do Sul para homenagear os imigrantes italianos. Foto: Reprodução.

 

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