Home Notícias “Nossa transição foi péssima”, afirma prefeito Itamar Bernardi Kiko

“Nossa transição foi péssima”, afirma prefeito Itamar Bernardi Kiko

Prefeito eleito pela terceira vez diz que irá organizar a prefeitura e critica o ex-prefeito Danrlei Pilatti (PP)

Prefeito eleito pela terceira vez diz que irá organizar a prefeitura e critica o ex-prefeito Danrlei Pilatti (PP)

Itamar Bernardi Kiko (MDB) iniciou seu terceiro mandato à frente da prefeitura de Nova Pádua com um discurso enfático e um tom de responsabilidade. Suas prioridades nos primeiros meses de governo incluem a contratação de médicos, a aquisição de medicamentos e o fornecimento de materiais para a manutenção das estradas.

Kiko afirma que enfrentou uma transição difícil, com falta de informações e recursos comprometidos pela administração anterior, o que gerou críticas contundentes ao ex-prefeito, Danrlei Pilatti (PP). O emedebista ainda cita a importância de reorganizar a estrutura administrativa e destaca a necessidade de promover mudanças substanciais, como a contratação de novos profissionais e a revisão de contratos de serviços prestados.

O Florense: Como é assumir a prefeitura pela terceira vez? 
Itamar Bernardi Kiko: Me sinto com uma responsabilidade muito grande. Sou o único prefeito a comandar o município em três situações. Mas digo com tranquilidade que trabalharemos com responsabilidade na gestão dos recursos, dos trabalhos e dos serviços. Me sinto grato por tudo o que tem acontecido e por estar aqui de novo. Sei que temos capacidade de fazer um grande trabalho, como foram as duas gestões anteriores.

O que a população pode esperar em termos de mudança na prefeitura?
Primeiro, a organização. Tinha coisa errada e tem coisa errada ainda, mas a gente quer alinhar isso de modo que todos saiam ganhando. Se você quer excelência no serviço, tem que estar organizado. A gente não pode mais ter o entendimento de que podemos atender o munícipe de qualquer maneira. Sei que tenho que devolver para o munícipe o que ele espera: agilidade, responsabilidade e serviço de excelência. No dia da posse, o ex-prefeito disse que ia deixar um recurso livre de R$ 3,3 milhões para a próxima administração. Na posse, não me manifestei porque não tive acesso aos dados, porque a nossa transição foi péssima, sem informações. Ao ter acesso aos boletins da tesouraria, vi que realmente tem R$ 3,3 milhões, mas R$ 2,4 milhões já estão comprometidos com obras que ele contratou e precisam ser pagas em 2025. Na verdade, o valor que a prefeitura deixou para a gestão em 2025 não foi nem R$ 900 mil em caixa. Por isso que digo: ou ele é burro ou ele é mentiroso.

Quais são as prioridades para os primeiros meses?
Inicialmente precisávamos de médicos, remédios e condições de estradas para poder colher a produção da uva. Abrimos processo de seleção de médicos e em breve vai ser suprida essa necessidade. Trabalhamos com o setor de compras e em torno de 15 dias já poderemos adquirir os remédios. A brita para as estradas da mesma forma, iniciamos com zero de estoque. A gestão passada deixou (a prefeitura) sem brita, então fizemos uma dispensa emergencial. Na segunda etapa, estamos verificando questões que envolvem a educação, como a contratação de professores, monitores e o transporte escolar. Na sequência iremos revisar contratos de prestação de serviço. No início de fevereiro, iremos analisar as prestações de contas de contratos já existentes. Sabe qual foi o primeiro pagamento que eu fiz? A devolução para o Ministério da Cultura de R$ 52 mil da Lei Paulo Gustavo que a administração passada não utilizou. Este foi o primeiro empenho que o prefeito de Nova Pádua assinou em 2025. Devolver um valor que veio para ser utilizado pelo município e expirou o prazo. Não utilizaram e eu que tive que devolver. Estamos olhando todos os contratos e provavelmente outras devoluções irão acontecer. 

Quais critérios foram usados para a escolha dos novos secretários?
A gente estudou bastante. Trabalhamos junto com os partidos que fizeram parte da nossa coligação, conversamos com o PDT e o Republicanos, e cada partido apresentou nomes para as Secretarias. Colocamos nossas condições, nossos critérios e estipulamos resultados. Os critérios, além de técnicos, foram pontuais em cada uma das secretarias. Buscamos para a administração o Jorge Dal Bó, porque eu sentia que precisávamos de uma organização melhor nos trâmites e nos processos internos. A partir do Dal Bó, estruturamos com mais calma as outras secretarias. Nas outras pastas, foram nomeados secretários pontuais que vão dar conta do recado. Esses dias, uma pessoa me parou e disse: “Kiko, será que os secretários vão dar conta?” Eu respondi que prefiro dar prazo e tempo. Ninguém nasce sabendo, quem tem vontade de aprender, pela metade do caminho, já passou. Então, essa é a nossa prerrogativa. Tem o pessoal mais experiente e tem o pessoal mais novo. Não é porque é mais novo que não sabe.

Há uma data prevista para executar o projeto piloto de um bairro destinado a pessoas que queiram se instalar em Nova Pádua?
Ainda não tenho uma data definida, mas inicialmente vamos buscar informações. Precisamos analisar exemplos de outras cidades com estruturas de loteamento semelhantes que deram certo. A prioridade será fazer a parte administrativa funcionar, para então avançarmos com o projeto. A falta de mão de obra não é um problema exclusivo de Nova Pádua. Sei de empresas que estavam aqui no ano passado e se transferiram. Se, por exemplo, dois turistas chegassem hoje à noite e quisessem comer um pão com chimia, teriam que ir até a minha casa, pois não há restaurantes abertos à noite. Recentemente, um empresário de Flores me disse que o turista não se importa em visitar Nova Pádua e voltar para Flores. Se eu for a uma cidade, quero conhecer a cidade, almoçar, jantar e dormir nela.

A população pode esperar a reforma do Ginásio de esportes já para 2025? 
Sim. Recebi um projeto de revitalização da quadra e quero ampliá-lo. Temos condições de começar as obras em breve. Não posso garantir para o primeiro trimestre, mas no segundo já começaremos a execução. O que aconteceu ao longo dos anos é que o campo, que era o principal local de esportes de Nova Pádua, agora deu lugar ao Ginásio, e precisamos de um espaço de qualidade.

A polarização foi um fator importante na campanha de 2024. Como pretende governar para unir a população?
Acredito que essa questão de vitória, derrota, de partido… ela tem que acabar exatamente no dia da eleição. Eu participo de eleições desde 2000, já ganhei e perdi. Quando a eleição termina, tu tens que trabalhar pela unidade do município. Quem ganhou vai ser o prefeito de todos. A equipe que ele montar vai ser a equipe de todos. Independente do voto se foi no A ou no B. Eu acho que isso tem que ficar bem claro para a população. A democracia está aí para que ninguém se perpetue no poder. Existe a alternância, uma vez é A, outra vez é B e vida que segue.
 

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