Início » Saiba como ajudar na conservação da Mata Atlântica em Flores da Cunha

Saiba como ajudar na conservação da Mata Atlântica em Flores da Cunha

Prefeitura e UCS promovem questionário on-line sobre os caminhos para um desenvolvimento mais sustentável
(Foto: Enzo Manfron / Prefeitura de Flores da Cunha, divulgação)

Em Flores da Cunha, natureza e identidade caminham lado a lado. Essa conexão ganha novo significado com a construção do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA), projeto que une ciência, gestão pública e participação popular para redefinir o modo como o município cuida de seu território natural.

O plano é uma iniciativa da Prefeitura de Flores da Cunha, por meio da Diretoria de Meio Ambiente, em parceria com o Instituto de Saneamento Ambiental da Universidade de Caxias do Sul (ISAM/UCS). Previsto pela Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.428/2006) e pelo Decreto Federal nº 6.660/2008, o PMMA é um instrumento estratégico que orienta ações de conservação e recuperação dos remanescentes florestais do bioma . Atualmente, cerca de 54% dos 276,24 km² de Flores da Cunha ainda preservam vegetação nativa.

— Além do aspecto ambiental, contribui para compatibilizar atividades econômicas, como por exemplo agricultura, vinicultura e o turismo, com a conservação ambiental, incentivando o ecoturismo e a valorização de produtos locais. A percepção dos munícipes fará parte do diagnóstico do plano, trazendo informações sobre fauna, flora e também sobre o sentimento da comunidade em relação à natureza que a cerca —  explica Franciele Zorzi, diretora de Meio Ambiente.

Um questionário on-line de percepção social, disponível através deste link, convida os moradores a opinarem sobre temas como a importância da vegetação nativa, o uso dos recursos naturais e os caminhos para um desenvolvimento mais sustentável. O formulário leva cerca de dez minutos para ser preenchido.

As informações coletadas vão orientar o mapeamento de áreas prioritárias, a criação de Unidades de Conservação, corredores ecológicos, e o incentivo a práticas sustentáveis como o ecoturismo e a produção agrícola consciente.

— Quando a população está envolvida no processo, cria-se um maior comprometimento e senso de responsabilidade em relação à implementação das ações previstas — reforça Franciele.

A elaboração do plano também tem papel institucional, atendendo à Instrução Normativa SEMA-FEPAM nº 06/2024, condição necessária para que Flores da Cunha mantenha sua autonomia na gestão ambiental, especialmente no licenciamento de atividades de impacto local.

—  Do ponto de vista da gestão pública, o plano atende à legislação vigente, facilita o acesso a recursos financeiros, integra-se ao planejamento municipal e fortalece a autonomia do município na gestão ambiental — destaca a diretora.

Grupo de Trabalho Intersetorial

A Prefeitura criou um Grupo de Trabalho intersetorial, com servidores de diferentes secretarias, que atua em conjunto com a equipe técnica da UCS. O município orienta as prioridades, e a universidade oferece suporte técnico e metodológico.

Além de conservar o bioma, o plano também é uma ferramenta contra os efeitos das mudanças climáticas. A recuperação da vegetação nativa contribui para reduzir riscos de erosão, deslizamentos e enchentes, fortalecendo a segurança hídrica e climática da população.

Leia Mais

Compartilhe:

Mais Notícias

Outras notícias:

Tem certeza de que deseja desbloquear esta publicação?
Desbloquear esquerda : 0
Tem certeza de que deseja cancelar a assinatura?

Entrar na sua conta