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Em busca de políticas públicas para o Astro

Escola São Rafael está recebendo bate-papos sobre o tema nesta segunda-feira (22)
Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio acompanharam o bate-papo (Foto: Karine Bergozza)

Há 26 anos o Festival de Cinema Estudantil – Astro mobiliza alunos do Ensino Médio da Escola São Rafael em torno da produção de curtas-metragens dos mais diversos gêneros. Mas o evento vai muito além das paredes da instituição de ensino: toda a comunidade de Flores da Cunha acaba se envolvendo com o projeto. Os curtas são divididos e exibidos em três noites no Salão Paroquial do município, além disso há a aguardada noite de premiação que, neste ano, será realizada no próximo sábado (27) a partir das 20h no Clube Independente.

Apesar da grande visibilidade no município, para além das fronteiras da Terra do Galo a divulgação do projeto ainda não imprimiu suas marcas. É justamente com o objetivo de levar o Astro para outros municípios e instituições de ensino que a Escola São Rafael está sediando, nesta segunda-feira (22), bate-papos sobre o fomento de políticas públicas para o setor audiovisual. No total serão três encontros, um no turno da manhã, um à tarde e um à noite.

A atividade é ministrada pela Agente Territorial de Cultura Ana Paula de Oliveira Marcante, 31 anos e pela produtora cultural do Comitê de Cultura do RS, Pollianna Abreu, 31 anos, com participação do produtor audiovisual de Caxias do Sul Gustavo Dutra, 25 anos, e da produtora cultural e realizadora audiovisual de Canela Amalia Brandolff, 29 anos.

A iniciativa de conversar com os estudantes do São Rafael partiu de Ana Paula, que estudou na escola anos atrás e tinha conhecimento do impacto positivo do Festival de Cinema Estudantil na vida dos alunos.

– As Agentes Territoriais têm essa função de tentar trazer essa política pública, que é o Programa Nacional de Comitês de Cultura, para os territórios que estão mais descentralizados. Quando eu me aproximo da escola é justamente para dar essa visibilidade para o festival, que ele não estando na região metropolitana e com antigas políticas públicas, ele não era tão visível. Então essa é a intenção, que a gente chegue em território que antes não se chegava – informa a Agente Territorial de Cultura.

Nesse sentido, Ana Paula também comenta que uma das funções dos agentes é se conectar com pequenos grupos e identificar qual lei de incentivo pode se aplicar dentro de cada projeto.

– No caso aqui que a gente tem produções audiovisuais,  a Lei Paulo Gustavo é uma grande aliada que pode estar dentro aqui da escola. A gente precisa entender como é que a gente articula para isso chegar aqui na escola de uma forma para tornar o festival maior. Não digo maior em proporções, mas pelo menos mais visível em outros festivais, que é essa a intenção. Então, na verdade, essa é uma fala com os alunos, mas também é uma articulação com o município, que é muito importante.

Complementando Ana Paula, Pollianna destaca que o audiovisual tem recebido um incentivo importante nesse momento, especialmente pelo fato de ser uma linguagem que tem feito parte do cotidiano de todos nessa era digital, mas também se trata de um mercado que tem sido fomentado pelas políticas públicas.

– Estamos aqui hoje para valorizar, conversar e destacar a importância dessas produções audiovisuais e a importância de que a gente fomente as políticas públicas para poder auxiliar, tanto no processo educacional, com a cultura, no desenvolvimento humano. Porque eu acredito que as políticas públicas, elas são principalmente para a gente poder auxiliar o nosso desenvolvimento humano, para garantir os nossos direitos humanos – detalha Pollianna.

A produtora cultural explica que os curtas-metragens produzidos pelos estudantes da escola  abordam temas importantes, que podem e devem ser debatidos em sociedade a fim de desenvolver o ser humano e formar cidadãos.

– A gente percebe que, de fato, é uma necessidade que a gente consiga fazer com que os olhos se voltem para as políticas públicas, que a gente consiga trazer esses investimentos cada vez mais para dentro de discussões que fomentam uma melhora social – afirma  Pollianna, que conclui destacando que esse projeto deve servir como inspiração para outros estudantes e escolas.

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