— Eu sou uma pessoa simples, tranquila, organizada, criativa, mas a principal característica que me define é a proatividade. Eu sou muito proativa e estou sempre disposta a auxiliar.
Assim se descreve a agricultora e técnica em agropecuária Maísa Molon, 23 anos, candidata à corte da 15ª Fecouva que representa o Roteiro Otávio Rocha Vila Colonial e a Transportes Molon.
Natural de Otávio Rocha, Maísa é filha dos agricultores André Molon, 52, e Maria de Fátima Luza Molon, 49 e faz parte da sexta geração da família a seguir com a agricultura na propriedade.
Maísa confessa que fazer parte da corte da Fecouva não estava nos seus sonhos de infância, mas foi se transformando em um desejo na medida em que se envolvia com a comunidade.
— Sempre me vi nos bastidores porque a minha família sempre trabalhou nas festas e eu sempre ajudei nessa parte de servir as mesas, vender as bebidas. Nos bastidores, eu via a corte passando, aquele brilho e pensava: “Meu Deus, que lindeza, que trabalho mais maravilhoso!”. Hoje eu já me vejo desse outro lado, hoje eu posso me ver nesse trabalho de poder divulgar a festa não só nos bastidores, mas também nesse outro lado mais glamoroso — explica a candidata, que é irmã de Roberta, 17, e Andriele, 26, que também trabalham na agricultura.
A técnica em agropecuária é bastante atuante no terceiro distrito e conta que auxilia o padre Olavo Bombardelli em alguns compromissos, colabora com a mãe e a avó Justina Antônia Basso Molon, 69, que são ministras as Eucaristia, integra o Grupo de Jovens Jucri, além de já ter participado do extinto grupo de danças Il Passetto, ajudado em diversas edições da tradicional Missa dos Louvores e, inclusive, na própria Fecouva.
— (No tempo livre) estou sempre em contato com a parte de desenhos, do crochê e do artesanato que aprendi com a minha família. Faço crochê, pinto tecidos, faço desenhos e também alguma coisa de artesanato — destaca Maísa, que mesmo nas horas vagas procura vivenciar as tradições herdadas por seus antepassados.
“O forte da nossa comunidade é a união”
Para Maísa, fazer parte do trio da Fecouva vai muito além de conquistar uma coroa:
— Acredito que o forte da nossa comunidade é a união. Eu gostaria que as pessoas pudessem sentir isso, ver a riqueza do trabalho, da história, da cultura da nossa comunidade. Gostaria de levar adiante esse legado e incentivar outras meninas para que desperte nelas esse sentimento de conhecer e valorizar a sua história.
A jovem também destaca sua evolução durante o pré-concurso, afirmando que foi um período de muito conhecimento.
— Sem palavras para descrever. É muito mais fácil a gente ficar numa zona de conforto, mas quando a gente se desafia, a gente não se arrepende.
Eu aprendi muita coisa e tive oportunidades que só estando nessa caminhada para ter.
Sobre a expectativa para a escolha, Maísa admite estar ansiosa, mas animada e com o coração tranquilo.
— Vai dar tudo certo! Estou entregando o meu melhor e acredito que a comunidade já me conhece, eu conheço a comunidade e, independentemente do resultado, vou trabalhar para a comunidade, porque eu sempre fiz isso. Então, independentemente do resultado, eu vou estar feliz, porque eu sei que as meninas também estão capacitadas para isso.
Saiba mais
O Florense: O que significa ser rainha da Fecouva?
Maísa: É difícil descrever porque todas as meninas têm a sua importância. Ela seria a principal porta-voz, eu acredito, o vitral da nossa festa, o nosso símbolo.
Qual seu lugar favorito em Otávio Rocha?
O Monte Calvário, porque sempre que subo lá posso ver a extensão da comunidade, o quanto ela cresceu e o quanto ela está crescendo. Isso é muito bonito!
Quem é o maior florense que você conhece?
O Floriano Molon, por ele ser meu tio-avô e por ele ter escrito vários livros, tanto da família quanto da comunidade, ele é uma das pessoas que mais me inspira.
15ª Fecouva
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