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“Uma mulher artista de blues mostra muita força e deixa claro que está aqui”, destaca Claudette King

Filha do "Rei dos blues" se apresentará no palco do Cheers Eventos, nesta sexta-feira (12) a partir das 22h
Esta será a segunda vez de Claudette King na Serra Gaúcha (Foto: Divulgação)

Entre coros de igreja, discos de Aretha Franklin e Mahalia Jackson, Claudette King nasceu em São Francisco, nos Estados Unidos. Hoje, radicada em Atlanta, a filha do guitarrista que transformou o blues em linguagem universal cantará em Flores da Cunha uma homenagem ao centenário do nascimento de seu pai, B.B. King, reconhecido como o “Rei do Blues”.

No palco do Cheers Eventos, nesta sexta-feira (12), a partir das 22h, Claudette apresentará o legado e o talento herdados do pai, mas também exibirá a força de quem construiu seu próprio caminho, moldado por uma trajetória reconhecida e pela entrega plena à música.

Esta será a segunda vez de Claudette King na Serra Gaúcha. Em 2023, ela foi atração de um festival em Caxias do Sul. Agora, a filha de B.B. King será a atração principal do lançamento oficial do Flores Blues Jazz Festival 2026, promovido pela APAC (Associação dos Produtores de Arte e Cultura de Flores da Cunha). Ao lado da banda Hard Blues Trio e da pianista Mari Kerber, Claudette reafirmará o poder transformador de um gênero que, mesmo nascido no Mississippi, encontra eco em cada canto do mundo. A abertura do evento será com a Mo’Blue e convidados.

Um show icônico e que fará jus à proposta desta terceira edição do Flores Blues Jazz Festival. Em fevereiro de 2026, com o tema “Look At Her”, os três dias de shows no Parque da Vindima Eloy Kunz serão dedicados à representatividade feminina no blues e no jazz.

Às vésperas da apresentação, Claudette conversou com o jornal O Florense sobre sua carreira, o papel das mulheres no blues, as lembranças de B.B. King e a emoção de homenagear os 100 anos de nascimento do pai em uma turnê que passa pelo Brasil e pela América do Sul.

“Pessoas que gostam de estar em harmonia”

O Florense: Como está sendo a turnê pela América do Sul?
Claudete King: A turnê tem sido incrível. Eu amo vir ao Brasil. Eu simplesmente amo estar na América do Sul.

Esta é a sua segunda vez na Serra Gaúcha. Quais suas expectativas para cantar em uma cidade pequena, mas com uma cena cultural crescente como Flores da Cunha?
Minha expectativa é me apresentar da melhor forma para as pessoas que gostam de me ouvir e que sempre me recebem de volta. Cantar aqui nesta pequena cidade é como se fosse uma relação pessoal. A cena cultural é formada por pessoas que gostam de estar em harmonia e é isso que eu gosto na música, no blues ou em qualquer tipo de música: estar em harmonia.

Como você avalia a expansão do blues nos últimos tempos?
Sinto que a expansão do blues foi muito forte quando meu pai estava vivo, porque havia muitas histórias para contar e muitas pessoas para se conectar, ver e ouvir. Hoje, a história da expansão do blues está no dia a dia das pessoas e se conecta a todos, seja no hip-hop, no caribenho, no R&B, no pop ou no que for. A expansão será enorme. O sentimento da música é a raiz do blues, e essa conexão acontece com todos, não importa a linguagem. É a linguagem da mágica com a grandeza.

Você é filha de uma lenda do blues, o B.B. King. Como foi crescer ao lado de alguém que mudou a história da música mundial?
Infelizmente, eu não tive a oportunidade de ter meu pai sempre ao meu lado. Eu só o via quando ele estava na cidade ou quando mandava me buscar onde eu estivesse. Mas, ver a história da música mundial que ele construiu é algo incrível, porque agora eu também faço parte disso.

Em que momento você percebeu que também queria seguir o caminho da música? Houve algum conselho ou ensinamento do seu pai que ainda guia sua carreira?
Eu quis estar na música quando tinha apenas cinco anos, cantando em frente ao espelho com um pente ou escova, imitando meu pai. O conselho que eu ainda sigo para guiar minha carreira é: me divertir, amar o que faço, ter estrutura, ser séria e me dedicar a todos os estilos musicais.

Como avalia a presença e a força da mulher no blues?
Uma mulher artista de blues mostra muita força e deixa claro que está aqui.

Se seu pai pudesse assistir a esse momento da sua carreira, o que você acha que ele diria?
Meu pai pôde ver um momento da minha carreira. Ele tinha muito orgulho de mim. Ele me disse para continuar fazendo o que eu faço, criar a minha própria assinatura na música. Eu sempre serei a filhinha do B.B. King, e as pessoas vão reconhecer isso.

O que o público de Flores da Cunha pode esperar dessa homenagem aos 100 anos do B.B. King?
O público pode esperar muito amor, muita dedicação e talvez até algumas lágrimas, porque ele não está mais aqui. Mas, será um momento de lembrança e de celebração do centésimo aniversário do meu pai.

Serviço:

O que: Show de Claudette King
Quando: 12 de setembro (sexta-feira)
Onde: Cheers Eventos (Rua Borges de Medeiros, 1.252 – Centro)
Ingressos: R$ 90 com integrantes da APAC ou pelo site www.sympla.com.br/fbf25. Na hora, R$ 90, sujeito à disponibilidade.
Promoção: APAC, com patrocínio da Vinícola Mioranza e apoio do Hotel Fiorio.

*Esta entrevista teve apoio da APAC e revisão da College Escola de Inglês. 

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