Depois de promessas, incertezas e quase dois anos de resistência, a Escola Estadual Professor Targa viveu, na tarde desta quinta-feira (28), um dos momentos mais esperados desde o vendaval de 2023, que arrancou parte do telhado e comprometeu a estrutura: a assinatura da ata de início da obra, que marca oficialmente o começo da reforma.
O ato, realizado na própria escola, reuniu autoridades regionais, lideranças políticas, equipe diretiva e membros da comunidade escolar. Com um investimento de R$ 2 milhões e prazo de 360 dias para execução, a obra agora depende apenas da empresa Cisal para começar.
Para a diretora Andreia Pegoraro, foi um momento de emoção e reconhecimento:
— Foi uma manhã que me deixou bastante emocionada porque o deputado Neri (O Carteiro) me ligou. Ele esteve duas vezes aqui. Ele disse que ele via no brilho do meu olhar quando eu falava da escola, quando eu falava dos problemas… o amor que eu tenho por essa escola e que ele sentiu que eu cuido da escola como se ela fosse a minha própria casa. E para mim, isso foi muito significativo, sabe? Porque é bem esse o sentimento que eu tenho. E o que eu sempre digo para os pais e para os professores também, é que o nosso dever é de cuidar dos nossos alunos como nós gostaríamos que cuidassem dos nossos filhos. Eu acho que é por isso que as coisas dão certo no tempo certo e no momento certo — disse emocionada.
A diretora também fez questão de agradecer aos que estiveram ao lado da escola durante o período mais difícil e destacou seu orgulho pela educação pública:
— Eu sempre digo que eu sou apaixonada pela educação e tenho muito orgulho de fazer parte da educação estadual. Queria agradecer a todos que nos auxiliaram para que esse momento acontecesse. Que foram inúmeras as pessoas que nos visitaram e que se dispuseram a nos dar apoio.
Obra mais aguardada da região
A coordenadora da 4ª CRE, Cristina da Silva Boeira Fabris, reforçou o peso prático da obra:
— É uma alegria de estramos vivendo esse dia. Essa obra é para a 4ª coordenadoria, a obra mais importante neste momento. Porque temos parte da escola interditada e isso não pode acontecer. Nós precisamos das nossas escolas funcionando, ainda que saibamos que parte delas sejam muito antigas. Vamos reformar e aprender a fazer a manutenção e a preservação — afirmou.
Com parte do prédio ainda interditado e salas funcionando em espaços improvisados, a assinatura da ata representa uma virada de página. Segundo o coordenador regional adjunto da 4ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas, Lucas Lunelli, mesmo diante das dificuldades, a escola manteve sua vitalidade:
— Chegamos no dia de hoje felizes com a expectativa pelo início da obra que agora está nas mãos da empresa Cisal para de fato acontecer. Independente de qualquer coisa, a escola Targa é uma escola viva, porque ninguém percebe que essa escola tem uma área interditada. Os alunos estão sendo muito bem atendidos, então isso é a gestão do diretor.
Agora, a comunidade escolar aguarda com expectativa os primeiros passos da obra, confiante de que todo o esforço coletivo, a paciência e a resistência serão, enfim, recompensados.
