Com o deslocamento de bombeiros de Caxias do Sul, o quartel de Flores da Cunha continuará a operar 24 horas no mês de agosto. Após ajustes internos, o coronel Julimar Fortes Pinheiro, do Corpo de Bombeiros no Rio Grande do Sul, descarta a possibilidade da Terra do Galo ficar sem uma equipe local de prontidão para emergências. O deslocamento temporário de servidores irá perdurar o quanto for necessário até 2026, quando reforços deverão ser apresentados.
O risco de não ter plantão no período noturno foi debatido na semana passada, após um reunião do sargento Luis Henrique Silveira da Silva com o prefeito César Ulian. A medida era decorrência da falta de efetivo. Segundo o 5º Batalhão de Bombeiro Militar (5º BBM), o quartel de Flores da Cunha deveria contar com 21 bombeiros, mas atualmente conta com 13 servidores.
A solução temporária é incluir bombeiros lotados em Caxias do Sul na escala da Terra do Galo. As equipes de plantão são formadas por, no mínimo, três bombeiros.
— Vamos manter guarnições mínimas em serviço, para que o Pelotão de Flores da Cunha permaneça em atividade e com capacidade de pronto atendimento 24 horas por dia — garante o coronel Julimar Fortes Pinheiro, do Corpo de Bombeiros no Rio Grande do Sul.
A estratégia de deslocar bombeiros de outras unidades irá perdurar até o Corpo de Bombeiros receber novos servidores, o que está previsto para o segundo semestre de 2026, quando 944 novos bombeiros, temporários e de carreira, deverão ser incorporados.
— É o possível, ou viável a ser feito agora. Mas é preciso ficar claro que estes militares não serão adicionados em definitivo ao pelotão de Flores. Eles se deslocam para a cidade, ficam alguns dias, tiram plantões, inclusive à noite, e retornam para os municípios onde, de fato, estão lotados. Será apenas para suprir uma necessidade momentânea e que permita ao comando local ter guarnições de no mínimo três homens — esclarece.
A gestão dos bombeiros na Serra é feita pelo 5º BBM, que tem sede em Caxias do Sul. O deslocamento destes servidores para outras cidades em necessidade é um movimento considerado natural pelo coronel Fortes.
— O sargento Henrique, que está à frente do pelotão de Flores, tinha um problema que sua alçada não tem o poder de solucionar. Atuamos em níveis superiores e alcançamos rapidamente o que estava em mente. Já houve o deslocamento de efetivo, este integrante do 5º Batalhão, de Caxias do Sul, que compreende unidades em nove municípios da Serra, o que agora permite ao sargento formar as escalas necessárias — detalhou o comandante-geral.
O coronel Fortes acrescenta que, se novos problemas surgirem, o próximo passo será usar recursos humanos que estão lotados também no 2º e no 7º batalhões, localizados no Vale dos Sinos e na Região Noroeste do estado.
— Queremos com isso, assegurar que não haja prejuízos à população de Flores da Cunha, por quem tenho um carinho especial, afinal, foram quase cinco anos servindo neste município — lembra o coronel Forte, sobre sua carreira na Serra.